Amigas e amigos visitantes deste blog este tema que se segue é também um dos que
considero apaixonantes. Ainda sei pouco
estou constantemente a descobrir novas
sobre o mesmo, apesar de que o meu interesse por mitologia já é velho mas muito
evidentemente que me falta o estudo
guiado. Assim sendo vou tocar audeleve no mesmo.
Minha ideia é só criar o interesse no tema e para isso tenho de recorrer a Quem sabe.
QUE UMA MULHER QUER?
“A grande pergunta que jamais foi respondida e que
não fui capaz de responder apesar de meus trinta anos pesquisando a alma
feminina é: o que uma MULHER QUER” (SIGMUND FREUD).
— tudo indica que os homens não têm a menor idéia e a própria mulher se confunde e se perde. O grande mestre Freud pareceu desistir, contudo seu discípulo Jung buscou decifrar esse universo através do que denominou arquétipo — forças, padrões, protótipos, imagens — existentes na psique e no inconsciente coletivo da mulher. A psicologia junquiana se utilizou do mundo encantado das deusas gregas do Olimpo e criou as Deusas do Feminino — seis arquétipos de mulher! pedras angulares da psicologia do feminino.
Seis são as deusas — Afrodite, Deméter, Atenas, Ártemis, Hera e Perséfone — uma herança ancestral tatuada na psique e que constitui o todo dividido e ao mesmo tempo o inteiro feminino. Representam aspectos de personalidade e de caráter, espelhados em atitudes e emoções, influenciando crenças, modelos de comportamento, conceitos.
Segundo esse princípio, cada mulher conteria as seis deusas (com predominância de uma) que disputam poder e conflitam entre si — porventura estando aí a resposta do mistério feminino, bradado em prosa, versos e discussões desde que o mundo se fez.
Ciente desse embate e querendo desvendar o segredo, nosso amigo psiquiatra se reuniu com as seis deusas-mulher para um bate-papo num barzinho. Logo um homem obviamente bem-sucedido passou, sem antes deixar de piscar o olho para Afrodite.
— Este é dos meus! gosto de homens viris e de sucesso — Afrodite anunciou, devolvendo para o sujeito o mesmo piscar.
— Ah! prefiro os confiáveis e fortes — falou timidamente Deméter.
— Você é uma boba mesmo! Deméter! a gente precisa é de um companheiro! que se disponha a dividir o trabalho e tudo mais — argumentou Ártemis.
Atena retrucou: — Meu Deus! santa ignorância! mulheres-deusas sem neurônios? o que vale mesmo num homem é a autoridade.
— Por isso! Queridinha! é que você só arranja velhacos! — acusou Hera.
— Velhacos não! homens maduros e inteligentes — Atena se defendeu.
—Melhor do que você, Hera! Gracinha! — se intrometeu Afrodite — interessada somente na grana e no prestígio do cara.
Hera se acobertou: — Não confunda preocupação com o bom nome da família e com o leite das crianças! com benefícios vis!
Temendo um quebra-pau público! o psiquiatra quis
ajeitar: — Garotas! pra que brigar? lembrem-se que são somente uma!
— Deixa de psicologia barata — Perséfone não tolerou. — O que sei de verdade é que vocês são todos produtos embrutecidos do imperialismo capitalista!
— Como é isso? você está me incluindo também nessa rixa? se explique! — exigiu o amigo, segurando a mulherada que já queria trucidar Perséfone.
Perséfone não se intimidou: — Pobres de espírito! materialistas desta relé sociedade laica!
— Calma! somos todas inseparáveis. Uma é o sul, a outra o norte.
— Deixa de psicologia barata — Perséfone não tolerou. — O que sei de verdade é que vocês são todos produtos embrutecidos do imperialismo capitalista!
— Como é isso? você está me incluindo também nessa rixa? se explique! — exigiu o amigo, segurando a mulherada que já queria trucidar Perséfone.
Perséfone não se intimidou: — Pobres de espírito! materialistas desta relé sociedade laica!
— Calma! somos todas inseparáveis. Uma é o sul, a outra o norte.
Leste e oeste! — ponderou Deméter. — Seja mais transparente! Perséfone.
Diante do pedido singelo da companheira e da iminente ameaça de ir parar no hospital! Perséfone afinal elucidou: — Sou mesmo a deusa da escuridão. Poucos me entendem. E acrescentou: — Mas sou também a Luz. Uma deusa que se preze! como eu! se apaixona pelo espírito do homem e por guias espirituais.
Como estava mesmo decidido a colocar um pouco de ordem no caos, o psiquiatra contemporizou.
— Hera e Perséfone?
— Hã?... Hã?
— Vocês são as deusas do poder! e bem que poderiam ficar satisfeitas! já é MUITO!
E sem conceder tempo de qualquer contestação, o psiquiatra concluiu o seu raciocínio: — Afrodite e Deméter são as deusas do amor! Ártemis e Atena as deusas da independência. Todas MARAVILHOSAS! E ponto final.
As mulheres ignoraram nosso amigo.
— Não tenham inveja nem me reneguem! TOLAS! eu estou no fio de cabelo, no feitiço sorrateiro de cada mulher. Eu sou você! a deusa Afrodite!
— Se não sabe quem eu sou! NÃO DÁ PARA CAPTAREM? ORA!... de onde vim... para onde vou! — disse Ártemis — veja refletida a minha figura no espelho do seu porão.
Hera se posicionou: — AH! AH! AH! SUAS ZINHAS! detrás do poderoso decantando homem! eu estou! Hera é o nosso nome.
— Porque uma metade é a que grita. Outra minha metade é a que silencia. E as duas metades entrecortadas somos nós! PAREM DE SER BURRAS! deusa Atena mulher.
— No espaço de minha introspecção — expressou Perséfone — você é a minha voz, o grito de libertação! IH! DESENVOLVAM A SENSIBILIDADE! sou sua força, sua índole! o nosso espírito de mulher.
— Sou a boneca em sua mão de menina execrada! VAZIAS! METIDAS A SABER TUDO! — Deméter se manifestou. — Subsisto na “Terra do Nunca”! nostalgia! eu e o que restou das outras “luluzinhas”. Somos a mãe dentro de você!
Perplexo e frustrado o psiquiatra se despediu.
— Tchau! Desisto!
Mas será o Benedito? vai ser necessária a terceira guerra mundial para se entender o que uma mulher quer?
Diante do pedido singelo da companheira e da iminente ameaça de ir parar no hospital! Perséfone afinal elucidou: — Sou mesmo a deusa da escuridão. Poucos me entendem. E acrescentou: — Mas sou também a Luz. Uma deusa que se preze! como eu! se apaixona pelo espírito do homem e por guias espirituais.
Como estava mesmo decidido a colocar um pouco de ordem no caos, o psiquiatra contemporizou.
— Hera e Perséfone?
— Hã?... Hã?
— Vocês são as deusas do poder! e bem que poderiam ficar satisfeitas! já é MUITO!
E sem conceder tempo de qualquer contestação, o psiquiatra concluiu o seu raciocínio: — Afrodite e Deméter são as deusas do amor! Ártemis e Atena as deusas da independência. Todas MARAVILHOSAS! E ponto final.
As mulheres ignoraram nosso amigo.
— Não tenham inveja nem me reneguem! TOLAS! eu estou no fio de cabelo, no feitiço sorrateiro de cada mulher. Eu sou você! a deusa Afrodite!
— Se não sabe quem eu sou! NÃO DÁ PARA CAPTAREM? ORA!... de onde vim... para onde vou! — disse Ártemis — veja refletida a minha figura no espelho do seu porão.
Hera se posicionou: — AH! AH! AH! SUAS ZINHAS! detrás do poderoso decantando homem! eu estou! Hera é o nosso nome.
— Porque uma metade é a que grita. Outra minha metade é a que silencia. E as duas metades entrecortadas somos nós! PAREM DE SER BURRAS! deusa Atena mulher.
— No espaço de minha introspecção — expressou Perséfone — você é a minha voz, o grito de libertação! IH! DESENVOLVAM A SENSIBILIDADE! sou sua força, sua índole! o nosso espírito de mulher.
— Sou a boneca em sua mão de menina execrada! VAZIAS! METIDAS A SABER TUDO! — Deméter se manifestou. — Subsisto na “Terra do Nunca”! nostalgia! eu e o que restou das outras “luluzinhas”. Somos a mãe dentro de você!
Perplexo e frustrado o psiquiatra se despediu.
— Tchau! Desisto!
Mas será o Benedito? vai ser necessária a terceira guerra mundial para se entender o que uma mulher quer?
Lêda Nova é escritora e ocupa a cadeira 23 da
Academia Conquistense de Letras. Presidenta da República das Letras — é também
colunista do Jornal Sudoeste e da Revista Conquiste. Sua última obra publicada
foi o romance policial A Escada de Madeira em L, já na segunda edição.
(publicado na edição de 03.04.08 do Caderno
Cultural do Diário Sudoeste)
"Na Grécia, as mulheres percebiam que uma vocação ou
profissão as colocava sob o domínio de uma determinada deusa a elas veneravam.
No íntimo das mulheres contemporâneas as deusas existem como arquétipos e podem
cobrar seus direitos e reivindicar domínio sobre suas súditas. Mesmo sem saber
a qual deusa está submissa, a mulher ainda assim deve dar sua submissão a um
arquétipo determinado por uma época de sua vida ou por toda a existência.
Jung chama o arquétipo das deusas de "Transformadoras", porque tendem a surgir em momentos de mudança em nossa vida, como na adolescência, casamento, morte de um ente querido, modificando totalmente nossos sentimentos, percepções e comportamentos. Uma vez que a mulher se torne consciente das forças que a influenciam, adquire total poder sobre este conhecimento. As deusas embora invisíveis, são poderosas e modelam e influenciam o comportamento e emoções. Quanto mais uma mulher souber sobre suas deusas dominantes, mais centrada ela se tornará, tendo o perfeito domínio sobre seus instintos, habilidades e possibilidades de encontrar um significado especial através das escolhas que fará.
(...)
É urgente que compreendamos a natureza e a condição dos arquétipos femininos que estão despontando do inconsciente coletivo da nossa cultura. Os sonhos e as experiências interiores de homens e mulheres, temas tratados por romancistas e pela mídia do mundo inteiro, ressaltam imagens ao mesmo tempo antigas (mitológicas), mas radicalmente novas do feminino que vão chegando à consciência. Estas formas estão fermentando dentro de nós, sendo capazes de transformar os modos mais fundamentais de pensarmos sobre nós mesmos. Essas poderosas forças interiores e as imagens e mudanças que provocam são denominadas DEUSAS".
Jung chama o arquétipo das deusas de "Transformadoras", porque tendem a surgir em momentos de mudança em nossa vida, como na adolescência, casamento, morte de um ente querido, modificando totalmente nossos sentimentos, percepções e comportamentos. Uma vez que a mulher se torne consciente das forças que a influenciam, adquire total poder sobre este conhecimento. As deusas embora invisíveis, são poderosas e modelam e influenciam o comportamento e emoções. Quanto mais uma mulher souber sobre suas deusas dominantes, mais centrada ela se tornará, tendo o perfeito domínio sobre seus instintos, habilidades e possibilidades de encontrar um significado especial através das escolhas que fará.
(...)
É urgente que compreendamos a natureza e a condição dos arquétipos femininos que estão despontando do inconsciente coletivo da nossa cultura. Os sonhos e as experiências interiores de homens e mulheres, temas tratados por romancistas e pela mídia do mundo inteiro, ressaltam imagens ao mesmo tempo antigas (mitológicas), mas radicalmente novas do feminino que vão chegando à consciência. Estas formas estão fermentando dentro de nós, sendo capazes de transformar os modos mais fundamentais de pensarmos sobre nós mesmos. Essas poderosas forças interiores e as imagens e mudanças que provocam são denominadas DEUSAS".
Excerto de um
artigo de Rosane Volpatto
e há outras para lá das do texto acima.
Não há caminho que já não tenha sido percorrido por outras mulheres. Inclusive nossas mães, avós, irmãs, as histórias delas trazem-nos lições de vida.
Vive em paz
com o teu dia a dia.
Deixa que
tudo o que não consegues controlar permaneça do mesmo modo.
Quando
sentires que podes alterar algo
que necessita
de ser modificado, fá-lo e depois esquece-o.
Tu não tens
obrigatoriamente que consertar tudo. Carol Ann Morrow
Ouvir os
outros expressarem os seus sentimentos,
Incluindo a
raiva ou a cólera,
É um ato de
paz.
E não oiças
só para ver se podes acrescentar
alguma coisa.
Se
estiveres atento no teu gesto de escutar,
Estás a
convidar o outro a procurar a paz
No seu
íntimo. Carol Ann Morrow
Vou falar um pouco de Afrodite, só para dizer algo
que me parece importante.
Com Afrodite não há enganos, Amor é Amor, Sexo é Sexo; e Amor com sexo é
o que faz a vida ter um brilho natural.
E neste desejar e realizar-se
vão muitas e variadas experiências.
Acho relevante comentar duas situações
que merecem meditação: - aquela que
trata os homens como bichos e as mulheres como castradas ou castradoras e que é
muito conhecida, passo a comentar “ coitadito ele quis sexo e eu fiz o favor,
ou cedo por obrigação.
Li isto num blogue e já assisti a debates na televisão com
essa mesma linha de defesa.
- para mim homem não é bicho e tem é que dar-se ao respeito e ser
ajudado a crescer nessa sua identidade,
mulher que é amiga sabe disso e age de
acordo.
A outra questão é precisamente aquela que parece ligar-se a essa: -
porque ficamos ligados a parceiros quando já se perdeu a magia, o encanto duma
vida em comum;
- precisamente porque não
encontramos melhor. E pondo tudo na balança, cada um é que sabe as linhas com
que se cose.
Poderia acrescentar há fadista -
Tudo isto existe, tudo isto é
triste e tudo isto é fado.
Tenho para mim que: - " Duas pessoas juntas mas sexualmente incompativeis, quase de certeza que estão mentalmente em estágios diferentes de maturação."
Tenho para mim que: - " Duas pessoas juntas mas sexualmente incompativeis, quase de certeza que estão mentalmente em estágios diferentes de maturação."
Havemos de chegar todos um dia a uma vivência mais sã e equilibrada.
Demeter ou Isis ou Maria, ou …….
A resposta para os nossos comportamentos, sempre presente mas quase sempre por excesso ou negligência.
A protetora, a educadora, a compreensiva, a mãe – todos nós
precisamos de cuidados maternos. Amar a mãe é amar a vida manifestada e por
isso é que se vê que ela tem sido negligenciada.
“Deus criou seres e céus, mas nós
costumamos transformar-nos em espíritos diabólicos, criando nossos infernos
individuais.”
Do Livro Nosso lar.
Depois refugiamo-nos na fé de acordo
com nosso entendimento para nos livrarmos desse inferno, e alcançarmos outras
graças - por isso que o mundo
está cheio de cultos.
Se você quiser amar
Se você quiser amor
Vem comigo a Salvador ( podíamos dizer vem escutar Jesus)
Para ouvir lemanjá ( sua Mãe)
A cantar, na maré que vai
E na maré que vem
Do fim, mais do fim, do mar ( mar que em hebraico é Senhor)
Bem mais além
Bem mais além
Do que o fim do mar
Se você quiser amor
Vem comigo a Salvador ( podíamos dizer vem escutar Jesus)
Para ouvir lemanjá ( sua Mãe)
A cantar, na maré que vai
E na maré que vem
Do fim, mais do fim, do mar ( mar que em hebraico é Senhor)
Bem mais além
Bem mais além
Do que o fim do mar
(
pode querer dizer no encontro com o Criador
Que é o próprio Universo manifestando-se)
Bem mais além
Bem mais além
/fonte net/
..por ter gostado desse “Eu - lirico “ (a voz que fala no
poema) é que resolvi coloca-lo aqui
dando-lhe uma pequena interpretação.
Lembrando a famosa expressão Brasil pátria do Evangelho – Livro que
pode ser lido através da net.
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