Já conheciam essa expressão, Eu Sou
A energia feminina é a portadora da Nova Era, mas ela precisa da energia masculina equilibrada para se
manifestar e criar raízes na realidade material porque antes ela era masculina e precisou da energia feminina para
se manifestar e lógico esta também estava desequilibrada; No EU está a energia
masculina, no SOU,
está a energia feminina. No
EU SOU, o masculino e o feminino se juntam e unem alegremente as suas energias.) Pamela Kribbe
Nota: No
texto que se segue sobre as rodas de energia, centros de força, que os povos antigos chamaram de chakras, há uma abordagem que pode ser vista por alguns como imperfeita ou enviesado, mas compreende-se a ideia fundamental.
Para
quem se interessa por este tema sabe que ele precisa de um aprofundado estudo e por ser ainda por muitos questionado faz, se tanto, parte do estudo do elemento
inteligente do universo - existência e
sobrevivência do espírito.
Começa assim o texto, retirado da net
Hoje Eu gostaria de falar-lhes sobre um tema que vem de um
passado remoto da sua história: as energias masculinas e femininas. Estas são energias antigas, com as
quais muitas coisas estão acontecendo agora.
Primeiro, Eu gostaria de falar
alguma coisa sobre a natureza do masculino e do feminino.
Estas energias são dois aspectos do
Um.
Portanto, elas não são realmente
opostas ou duais; elas são uma; elas são duas faces de uma energia.
A energia masculina é o aspecto que está
focalizado no exterior. É a parte de Deus ou Espírito que leva a manifestações
externas, que faz o Espírito se materializar e tomar forma.
Portanto, a energia masculina conhece uma
força criativa intensa. Para a energia masculina, é natural estar extremamente
focalizada e orientada para uma meta. Desta
forma, a energia masculina cria a individualidade. A energia masculina lhes
permite separar-se do Um, do Todo, e manter-se sozinho, e ser um indivíduo
específico.
A
energia feminina é a energia do Lar. É a energia da Fonte Primordial, a Luz
fluida, o Ser puro. É a energia que ainda não se manifestou, é o aspecto
interno das coisas. A energia feminina é todo-abrangente e oceânica; ela não diferencia nem individualiza.
Agora, imaginem a energia
feminina começando a conscientizar-se de um certo movimento em seu interior,
uma leve inquietação, um desejo de... ir para fora, para fora dos seus limites,
mover-se para fora de si mesma para obter experiência. Há um desejo de algo
novo, de aventura! Então, chega até ela uma energia que responde a esse desejo. É a energia masculina, que quer ser útil e ajuda-la a se manifestar
na matéria, na forma.
A energia masculina define e dá
forma à energia feminina e, através da cooperação de ambos, a soma total das
energias pode tomar uma direção totalmente nova. Uma nova realidade pode ser
criada, onde tudo pode ser explorado e vivenciado, em formas sempre diferentes
de manifestação.
A dança do masculino e feminino
gera o espetáculo flutuante da realidade criada, da sua criação. Esse é um
espetáculo de grande beleza, onde a energia masculina e a feminina reverenciam
uma a outra e celebram sua cooperação e alegre união.
E assim é como deveria ser. As
energias masculina e feminina devem estar unidas, elas são dois aspectos do Um
e juntas elas celebram a manifestação alegre que a Criação deveria ser.
Foi dito que, na compreensão final
de quem vocês são, a única verdade que importa é: EU SOU.
E nesse mantra místico, exatamente
esses dois aspectos se fundem.
No
EU está a energia masculina,
no SOU, está a energia feminina.
O EU é constritivo, diferenciador,
ele dá o foco, ele dá a direção, ele individualiza: EU, não o outro, mas EU. E
então vem o SOU. SOU é oceânico, todo-abrangente, ele reflete o oceano
do Lar, a energia feminina, a fonte inesgotável que não conhece limites, nem
diferenciação. O aspecto fluente e unificador é o centro da energia feminina
. No EU SOU, o masculino e o
feminino se juntam e unem alegremente as suas energias.
Mas na história da humanidade, e até mesmo antes que a
humanidade existisse, surgiu um conflito entre o masculino e o feminino. Eu não
entrarei na origem desse conflito agora. O símbolo yin-yang mostra muito bem a
verdadeira situação. No masculino, há sempre um centro feminino, e no feminino,
um centro masculino, da mesma forma que – nesse símbolo – existe um ponto branco
no preto, e um ponto preto no branco. Mas, no curso da história, esta unidade
mística do masculino e feminino foi esquecida e essas energias tornaram-se
opostas uma à outra, assim como o preto e o branco. A unidade subjacente não
foi mais reconhecida.
Neste momento, vocês estão na última fase da história do
conflito, no qual a energia masculina fez o papel de algoz durante muitos
séculos. A energia masculina há tempos vem desempenhando um papel na qual ela
oprime, mutila e destrói a energia feminina. Nem sempre foi assim. Houve épocas
em que a energia feminina dominou, manipulando e governando incorretamente a
energia masculina. Mas essa época terminou. Num certo momento, o conflito tomou
um rumo diferente, e os papéis de algoz e vítima se inverteram. Agora, a
energia masculina vem assumindo o poder por muito tempo e tem abusado desse
poder de tal forma, que a energia feminina se enfraqueceu e não percebe mais a
integridade do seu Ser.
Sempre
que o masculino e o feminino estão em conflito, a desintegração de ambos é
inevitável. Enquanto o feminino
é cada vez mais vitimado e se perde em auto-negação, o masculino perde-se na
violência cruel e no tipo de agressão que vocês conhecem de muitas guerras do
seu passado.
O masculino e o feminino dependem um
do outro. Quando eles se combatem, as
conseqüências são desastrosas.
Mas, os tempos estão mudando. Desde os séculos XIX e XX, a
energia feminina vem readquirindo sua força e elevando-se acima do papel de
vítima. Esta ressurreição vem das profundezas da energia feminina. Ela
finalmente alcançou o limite máximo da sua auto-negação. Neste ponto, ela olhou para si mesma nos olhos e afirmou: isto chegou
no máximo que podia chegar.
A propósito, é assim que sempre acontece na dinâmica entre
vítima e algoz. A mudança começa quando a vítima se recusa a continuar
aceitando essa situação. O algoz poderia muito bem continuar agarrado ao seu
papel por mais tempo, pois ele tem menos motivos para parar. A revolução
começa, quando a vítima se recusa a aceitar esse papel e finalmente reassume o
seu poder.
Em todas as situações de repressão – como por exemplo a de
uma mulher na sua família ou na sociedade – o verdadeiro momento de mudança
acontece quando a mulher, ou a energia feminina em uma pessoa, decide consigo
mesma: eu não vou mais aceitar isto. É aí que a mudança realmente começa a
acontecer. Medidas externas são inúteis,
enquanto este momento não se apresenta.
A
energia feminina ergueu-se e a sua estrela está despontando. Na verdade, a
questão mais urgente, nesta época, é a transformação da energia
masculina!!
Agora é o momento para uma nova definição da energia
masculina.
Eu poderia facilmente ter chamado esta canalização de “o
renascimento da energia masculina”, pois Eu quero enfatizar que é somente
unindo-se a uma energia masculina madura e equilibrada, que a energia feminina poderá florescer novamente.
No século passado (XX), e mesmo antes disso, a energia
feminina recuperou o poder e a força. Ela começou a desabrochar de um modo novo
e mais equilibrado.
Apesar da
desigualdade entre os sexos, que ainda está presente na sua sociedade, a
ascensão da energia feminina é algo que não é mais possível deter. No entanto,
a energia feminina não pode adquirir força e vitalidade plenas, sem a
cooperação com a energia masculina. Isto se refere ao nível coletivo, tanto
quanto ao nível individual.
A energia feminina não pode fazer a sua libertação final
sem o apoio da energia masculina e da conexão com ela. Isto não se deve a uma
fraqueza inerente à energia feminina, mas à natureza essencial das energias
masculina e feminina: ao fato de que elas estão entrelaçadas e só podem
realizar os seus potenciais mais brilhantes em cooperação. É por isto que agora
é imperativo que a energia masculina se remodele e se aventure dentro do novo!
Se observarmos o inter-relacionamento entre o masculino e o
feminino em um nível coletivo, veremos que agora a energia feminina está numa
posição de espera. Ela está esperando. Atualmente, na energia masculina
coletiva, está havendo uma luta entre o velho e o novo. Na energia masculina
coletiva, está despontando uma nova onda de energia que honra e respeita a
energia feminina. Esta nova onda de energia masculina quer se unir à feminina,
para juntos entrarem na Nova Era. Mas, ao mesmo tempo, uma onda de energia
masculina mais antiga ainda está ativa e tentando persistir. Esta energia
masculina, no seu antigo papel, está agindo claramente na série de ataques
terroristas que tem ocorrido por todo o seu mundo. Desta forma, a energia masculina, no seu antigo papel de agressor
impiedoso, está mostrando a sua face maldosa. Naqueles que cometem esses
ataques horríveis, existem emoções muito escuras: agressividade, raiva
e, ao mesmo tempo, total impotência e desesperança. É a partir desta total
desesperança, que eles apelam aos tipos mais brutais e destrutivos de
demonstração de poder. Esta energia
masculina, da qual estamos falando, está em agonia de morte. Ela sente que
estão ocorrendo mudanças importantes coletivamente, e que a humanidade está no
limiar de uma nova era.
Um dos problemas que vocês estão enfrentando agora,
enquanto crescem em direção a uma cooperação mais equilibrada entre o masculino
e o feminino, é como lidar com este tipo de energia cruel. O que vamos fazer
a respeito desta energia masculina antiga, que está tentando criar o máximo de
devastação e estrago possíveis durante a sua queda? Pois, deixem que Eu
lhes diga o seguinte: a queda dessa energia é um fato. A batalha está perdida
para a velha energia masculina, mas ela não vai se entregar facilmente e vai
resistir até o último momento com agressividade e dominação impiedosa.
Vai depender muito da
atitude interior coletiva em relação a esses agressores. Vocês vão permitir que a raiva e a
impotência entrem no seu próprio campo de energia, como uma reação a esses atos
de violência? Se assim for, vocês abrirão o seu campo de energia para os
agressores. No momento em que vocês se sentirem dominados pela raiva e o
ressentimento por eles, eles terão atingido a sua meta. Vocês serão sugados
para dentro da vibração energética deles e também começarão a ter vontade de
matar: matar os assassinos dos inocentes. Isto é tudo muito
compreensível, mas é vital que vocês percebam o que está acontecendo aí. Sempre
que emoções intensas vierem à tona, será sábio fazer uma pausa, no silêncio.
Voltem para a sua porção quieta e sábia e perguntem: “O que está realmente
acontecendo aqui?” Agora tudo depende da sua sabedoria e discernimento, da sua
capacidade de enxergar através dos fatos e sentir o que realmente está em jogo.
O mundo não será dominado pelos poderes dos terroristas; a antiga energia
masculina já cumpriu seu tempo e a hora da sua morte está próxima.
A mensagem mais importante que Eu tenho sobre o terrorismo,
esta manifestação da antiga agressividade masculina, é: mantenham-se
conscientes! Não permitam que emoções de impotência – isto é, de serem
vitimados – tirem vocês do seu centro. Saibam que ninguém será tocado por essa
energia de agressividade, se não permitir que ela entre no seu campo de
energia. Se vocês não reagirem com raiva
ou ódio, vocês não a magnetizarão para vocês.
Vocês estarão a salvo e protegidos pela sua própria luz.
Agora eu gostaria de dar atenção ao nível mais mundano,
individual, no qual vocês lidam com as energias masculina e feminina dentro de
si mesmos. Pois, também no nível individual, tem havido uma luta entre a
energia masculina e a feminina. Tudo o que acontece coletivamente reflete os
processos do nível individual.
Para ilustrar a importância do
equilíbrio entre o feminino e o masculino no nível individual, falarei sobre os
centros de energia que existem em todos os seres humanos, os quais também são
chamados de chakras.
Nota: Vou colocar aqui algo que não faz parte do
texto original mas sim das minhas pesquisas, as fontes são literatura da Nova
era, literatura Espírita e net.
..esta imagem pode não ser a mais exacta quanto aos 2 centros
de energia de baixo pois referencia-se normalmente o da raiz o genésico e o
esplénico ao nível do baço. O melhor é pesquisar muito este tema porque há
diversas formas aproximadas de o abordar
inclusive começar pelos de cima até aos de baixo pode se ir até abaixo do pé. Eu só há poucos dias fiquei a saber do
Humeral, nas costas.
Falando de uma forma rudimentar; O conhecimento destes centros de energia aparece ligado ao funcionamento das glândulas endócrinas situadas no organismo físico. Tal como está escrito que o sistema nervoso é um ponto importante de contacto entro o perispírito e o corpo físico; sendo as Nadis, uma série de filamentos formando uma rede à semelhança do
sistema
nervoso de número incerto.
Existem sete que vocês conhecem actualmente e estes estão
situados ao longo da sua coluna vertebral, do cóccix até o topo da cabeça. Falarei
brevemente sobre cada um desses chakras, para lhes mostrar que todos eles
são caracterizados por um tipo de energia predominantemente masculina ou
feminina.
O chakra do cóccix
(chakra raiz) é o centro de energia que conecta vocês com a Terra. A energia
desse chakra dirige-se para a Terra e lhes permite manifestar a energia da sua
alma em uma forma física, em um nível de realidade denso, material. Tendo em
vista que a energia do chakra do cóccix é do tipo que se dirige para fora e
favorece a manifestação, podemos dizer que ele é um chakra (predominantemente)
masculino. Um chakra nunca é completamente masculino ou feminino, mas podemos
dizer que a energia masculina é a que domina aqui.
O segundo chakra é
chamado chakra do umbigo e é o centro das emoções. Este centro lhes permite
experienciar emoções, mudanças de humor – em resumo, os altos e baixos da sua
vida emocional. É um centro receptivo. É por isso que Eu o considero um centro
feminino, um chakra onde o fluxo de energia feminina é que domina
Agora olhem para o terceiro chakra, também chamado de plexo
solar: centro de ação e criação. Este é claramente um chakra que se estende
para fora e permite que a energia se manifeste na realidade física. Vocês podem
compará-lo com o sol, com a propagação dos raios e com o poder da luz amarela
solar (a cor natural do terceiro chakra é o amarelo). No plexo solar, suas
motivações e agitações internas são transformadas em manifestações externas. É
o chakra da ação e da apresentação externa. Também é a sede do ego, no sentido
de personalidade terrena, sem implicações negativas. A energia predominante é a
masculina.
Vamos agora ao chakra do coração. Este também é um centro
receptivo, como o chakra do umbigo, e ele conecta especialmente fluxos
diferentes de energia. É o centro no qual o Céu e a Terra se encontram, e onde
os três chakras inferiores conectam-se com os três chakras superiores. O
coração pode ser a ponte entre a mente (cabeça) e a emoção (abdome). Através do
coração, vocês podem conectar-se com outra pessoa e transcender a si mesmos. O
coração transcende os limites do ego e capacita-os a sentir a unidade com tudo
que está fora de vocês, com Tudo Que É. O chakra do coração é o portal para a energia
do Lar. É claramente um centro de conexão e, portanto, é predominantemente
feminino.
O chakra da garganta é masculino. Através deste centro,
estímulos internos, idéias e emoções tomam forma física por meio da fala, do
riso, do canto, do grito, etc... Aqui a vida interior é levada para fora
através da comunicação pela voz e pela linguagem. Por meio deste centro, vocês
fazem com que a sua vida interior seja visível para os outros através de sinais
físicos: palavras, sons, conceitos. É um centro de manifestação, que os
capacita a focalizar sua energia externamente no plano físico. Também é um
centro de criatividade.
O sexto chakra, também chamado “o terceiro olho” e que está
localizado no meio da cabeça de vocês, também é feminino.
Ele recebe impressões “extra-sensoriais”, intuitivas, e
transcende os limites do físico (dos cinco sentidos físicos). É a sede da
clarividência, da percepção extra-sensorial, etc.. Através deste centro, vocês
podem sentir a energia de outra pessoa (as emoções, as dores, as alegrias) como
se fossem suas.
Com esta capacidade, ou seja, a habilidade da empatia,
vocês transcendem os limites do ego e conectam-se com “aquilo que não é você”.
Por fim, temos o chakra da coroa, no topo da cabeça. Este
chakra não é nem masculino, nem feminino. Ou podemos dizer que ele é ambos.
Neste chakra, vocês se elevam acima da dualidade do masculino e feminino.
O chakra da coroa é uma combinação interessante dessas duas
energias. Quando este chakra está equilibrado, a consciência está num estado tanto
receptivo quanto expansivo. Ela estende-se para “cima”, para “outras
dimensões”, em busca de conselho ou apoio espiritual, ou de camadas mais
profundas do Si Mesmo. E, ao mesmo tempo, mantém-se numa quieta e tranqüila
receptividade, no conhecimento de que as respostas virão no tempo certo. É um
tipo de consciência que é altamente focalizada e, ao mesmo tempo, altamente
receptiva. Neste “estado de espírito”, vocês chegam muito perto da unidade
subjacente às energias masculina e feminina – a energia do Espírito ou Deus.
Acabo de fazer um esboço bem grosseiro do movimento dos
fluxos de energia masculina e feminina através do corpo energético do ser humano.
Agora Eu desejo falar particularmente sobre os três chakras
inferiores.
Estes são os chakras que estão mais conectados com a Terra,
que estão mais envolvidos com a existência no reino terreno. Esta área dos três
chakras inferiores é de suma importância na sua caminhada interior para a cura,
pois é nessa área que se encontram os traumas mais profundos e as cicatrizes
emocionais.
Muitas vezes vocês sentem que são seres terrenos crescendo
em direção ao espiritual. Mas nós vemos isso ao contrário. Vocês são seres
espirituais crescendo em direção à Terra. A Terra é um objetivo brilhante, um
diamante oculto que ainda não revelou sua verdadeira beleza. O planeta
Terra é a Terra Prometida!
O Céu é o seu lugar de nascimento.
Mas vocês não retornarão ao estado de consciência do qual vocês se lembram como
“Lar” ou “Céu”, um estado de existência puramente espiritual. A aventura da
Criação leva-os a novos destinos, vocês estão sempre se expandindo e
progredindo em direção a um tipo de consciência totalmente novo (falamos disso
antes, no último capítulo da Série Trabalhadores da Luz). A Terra é uma parte
essencial desta jornada.
Entretanto, na sua manifestação na Terra e nas suas
tentativas para se expressar aqui, vocês passaram por muitas dores. Quase todos
vocês têm ferimentos graves nos três chakras inferiores, causados por
experiências de rejeição, violência e abandono. Isto pode ter acontecido até
mesmo nesta vida.
Quase todos os bloqueios de energia
nos chakras superiores estão relacionados com lesões emocionais nos três
chakras inferiores.
Falarei um pouco sobre o chakra do cóccix (chakra raiz)
primeiro. A sua conexão com a Terra tornou-se emocionalmente pesada,
especialmente para os Trabalhadores da Luz. Como vocês enfrentaram graves
resistências durante as suas várias encarnações, há muito medo e resistência em
vocês, quando se trata de realmente aterrar a si mesmos. Aterrar significa
estar totalmente presente no seus corpos terrenos e expressar sua inspiração
mais íntima na realidade material. A resistência de vocês para se aterrarem
completamente foi discutida antes (na Série Trabalhadores da Luz). Ela tem a
ver principalmente com o fato de vocês “serem diferentes” e terem sido
rejeitados por causa disso.
No segundo chakra, o centro emocional, vocês também foram
profundamente afetados por experiências de serem ameaçados ou abandonados
(literalmente ou emocionalmente), e de serem severamente reprimidos na sua
auto-expressão.
Com essas cargas traumáticas nos dois chakras inferiores, o
plexo solar (terceiro chakra) também é pesadamente afetado. O plexo solar tem a
ver com a força da vida, a energia criativa e o poder.
Vocês conhecem vários exemplos do significado do verdadeiro
poder. Estou falando do poder que não é agressivo nem destrutivo. No plexo
solar, muitas vezes podemos ver que a pessoa se manifesta, ou de uma forma
agressiva e controladora, ou de uma forma contida, excessivamente modesta.
As duas formas são o resultado de sentimentos latentes de
impotência, originados nos ferimentos presentes no primeiro e segundo chakras.
No terceiro chakra, a questão é encontrar uma forma equilibrada de lidar com o
poder e o controle, a questão é um ego equilibrado.
Tudo bem com o ego! O ego tem uma função própria: ele
empresta o foco à sua consciência, o que os capacita a criar e a se manifestar
como os indivíduos separados que vocês são. O ego é um complemento necessário
para a forças espirituais que transcendem o “eu”. A energia do ego é totalmente
respeitável e justificada na realidade energética em que vocês vivem. O poder
verdadeiro está no alinhamento alegre entre o ego e o Espírito.
A
área dos três chakras inferiores é a mais importante para a auto-cura e o
crescimento interior.
O maior desafio espiritual para vocês agora é cuidar desta
área ferida em si mesmos. Meditar e se conectar com os níveis cósmicos, dentro
e fora de vocês, não é a sua meta principal agora. A sua meta principal agora é
oferecer a compreensão mais gentil e o apoio mais amoroso para a criança
interior dentro de vocês, e restaurar a beleza e a alegria dela. Esta é a sua
jornada espiritual, e nela encontra-se o seu maior tesouro. Cuidar e respeitar
o lado humano de vocês, a parte criança de vocês, é a sua estrada para a divina
compaixão e iluminação.
Quero lhes chamar a atenção para o fato de que dois entre
os três chakras citados são masculinos. Isto mostra que há muito trabalho de
cura a ser feito dentro de cada um de vocês, especialmente no que se refere às
energias masculinas. Portanto, a minha mensagem para vocês agora é: curem a
energia masculina interna! A energia feminina está se recuperando, de várias
formas, e adquirindo a força necessária para se expressar total e lindamente.
As qualidades femininas de intuição, sensibilidade e conexão estão sendo cada
vez mais apreciadas, tanto individualmente quanto coletivamente.
Mas não está muito claro como é uma energia masculina
equilibrada. A energia masculina ficou meio perdida nas falsas imagens do que
significa “ser um homem”, estereótipos que sempre se reduzem ao poder através
da agressividade. É vital reconhecer e expressar a verdadeira natureza da
energia masculina. O lado feminino precisa agora da energia masculina
equilibrada, para poder cumprir verdadeiramente o seu papel. A energia feminina
está esperando, não só em escala coletiva, mas também no nível individual. A
energia feminina está saindo do seu papel de vítima, readquirindo a sua
auto-estima e agora está querendo se manifestar poderosa e alegremente, através
da sua reunião com o masculino.
Então,
qual é o poder da energia masculina equilibrada?
No primeiro chakra, uma energia
masculina curada e equilibrada leva à auto-consciência. A energia masculina não
precisa mais lutar e se esforçar, ela está presente através da
auto-consciência. Presença, isto é, estar presente com toda a sua alma, é uma
qualidade essencial do primeiro chakra.
Estar consciente de
si mesmo, permanecendo centrado e não se perdendo nas opiniões, expectativas e
necessidades de outras pessoas – isto é ser auto-consciente. Encontrar o
equilíbrio entre conectar-se e desapegar-se; manter-se centrado e consciente de
si mesmo enquanto interage com outros ou com o mundo exterior – isto é a
energia equilibrada do chakra raiz.
É essencial desenvolver esta
qualidade de auto-consciência, pois ela vai proteger e guiar a sua energia
feminina. A energia feminina tem a tendência natural de conectar-se com outros
(seres viventes) e se fazer presente para o outro de uma forma atenciosa,
alentadora. A energia masculina provê os limites e ajuda a encontrar o
equilíbrio entre dar e receber.
Em relação às energias femininas fluidas e conectivas, a
energia masculina dos chakras inferiores desempenha o papel de âncora e espinha
dorsal. É o ponto em que vocês retornam para si mesmos, o ponto onde vocês se
libertam dos laços que os unem às outras energias com as quais vocês se
conectaram.
O plexo solar ou terceiro chakra desempenha o mesmo papel
de uma forma diferente. Como Eu já disse antes, este chakra é o centro do ego.
Vocês ainda têm uma certa dificuldade com este conceito de ego. Especialmente
entre os Trabalhadores da Luz, existe uma tendência a considerar as energias de
doação e auto-transcendência, no ser humano, como “mais elevadas”. Mas não é
assim. Vocês vivem num mundo em que duas energias trabalham juntas e formam os
tijolos da construção da Criação. Uma tende a ligar e busca a unidade, a outra
cria a separação e a individualidade. E esta última é tão valiosa e viável
quanto à primeira.
É importante fazer as pazes com a energia masculina,
abraçar a sua individualidade, a sua singularidade, o seu Eu. Existe uma
“solitude” essencial na vida, que não tem nada a ver com solidão, mas que tem
tudo a ver com o fato de cada um de vocês ser um “Eu”, um indivíduo singular,
único. Abraçar essa solitude não impede que vocês vivenciem ligações profundas
com outros. Se vocês realmente abraçarem a sua individualidade, vocês poderão
ser verdadeiramente criativos.
A energia masculina do plexo solar ajuda-os a ser
verdadeiramente criativos. É aí que a energia feminina, que vocês têm dentro de
si, está esperando. As inspirações que vêm do mais profundo do seu ser querem
se fazer conhecidas no nível material, elas querem vir à luz de uma forma
terrena e trazer ondas de amor e harmonia para a Terra. A energia feminina é a
portadora da Nova Era, mas ela precisa da energia masculina equilibrada para se
manifestar e criar raízes na realidade material. É por isso que é tão importante
que as energias do primeiro e terceiro chakras sejam curadas.
A
energia de um ego saudável, do plexo solar curado, é a auto-confiança.
No primeiro chakra é
a auto-consciência, no terceiro chakra é a auto-confiança. Esta não é o tipo de
arrogância que podemos ver num ego inflado, mas é simplesmente confiança em si
mesmos: “Eu sinto que posso fazer isto!” É estar consciente da sua inspiração
mais profunda, das suas próprias capacidades criativas, e então, agir de acordo
com elas. Deixem as energias fluírem para fora de vocês, confiem nos seus
talentos e dons naturais, confiem em quem vocês são, e mostrem-se para o mundo!
Principalmente para vocês, Trabalhadores da Luz, que carregam tanto
conhecimento interior e sabedoria, agora é hora de se mostrarem e não se
esconderem mais. É hora.
Este é o seu objetivo e nisto vocês encontrarão a sua maior
realização.
Façam as pazes com a energia masculina em seu interior. Não
hesitem em manter a si mesmos, em receber abundância e em tomar conta de si
mesmos.
Sejam egotistas, no sentido puro e neutro desta palavra.
Vocês são um ego, vocês são um indivíduo. Vocês não podem e não precisam ser
tolerantes e compreensivos o tempo todo. Não é espiritual tolerar tudo e
qualquer coisa. Existem claramente momentos nos quais vocês têm que dizer
“não”, ou até “adeus”, e não comprometer quem vocês são.
Façam isto sem culpa ou medo, e sintam como as energias
masculinas de auto-consciência e auto-confiança os fortalecem para permitir que a flor delicada da sua
energia feminina floresça e brilhe.
É tudo uma questão da cooperação entre as energias. As
energias masculina e feminina desceram juntas, num esforço longo e doloroso.
Elas também vão ascender juntas, pois uma não pode se equilibrar sem a outra.
Agora que a energia feminina está pronta para se elevar das cinzas da
humilhação e repressão, há uma necessidade urgente de um renascimento da
energia masculina. Este renascimento da energia masculina, finalmente vai se
tornar visível em escala coletiva, mas ele primeiro terá que se manifestar em
cada um de vocês separadamente, homem e mulher. Vocês todos são os Guardiões destas antigas energias dentro de vocês, e
é seu direito de nascença fazer com que a parceria delas seja justa e alegre.
Porque estou partilhando essas ideias com o
mundo partindo do princípio que elas já fazem parte desse mundo pois foi lá que
as encontrei. Boa pergunta.
- Tão somente porque posso.
E se para mim elas servem um propósito para outros elas podem
servir um propósito muito maior.
Para além do mais não é bom ter energia
estagnada o melhor que há em relação a
isso é a doação, a partilha. Diz quem sabe.
257 O corpo
é o instrumento da dor. Se não é sua causa primária, é, pelo menos, a causa
imediata. A alma tem a percepção da dor: essa percepção é o efeito. A lembrança
que a alma conserva disso pode ser de muito sofrimento, mas não pode provocar
ação física. De fato, nem o frio, nem o calor podem desorganizar os tecidos da
alma. Ela não pode congelar-se, nem queimar-se. Não vemos todos os dias a
lembrança ou a preocupação com um mal físico produzir os efeitos desse mal, até
mesmo ocasionar a morte? Todo mundo sabe que as pessoas que tiveram membros
amputados sentem dor no membro que não existe mais. Certamente, não é nesse
membro que está a sede ou o ponto de partida da dor, mas no cérebro, que
conservou a impressão da dor. Podem-se admitir, portanto, reações semelhantes
nos sofrimentos do Espírito após a morte. Um estudo mais aprofundado do
perispírito, que desempenha um papel tão importante em todos os fenômenos
espíritas como nas aparições vaporosas ou tangíveis, como na circunstância por
que o Espírito passa no momento da morte; na idéia tão freqüente de que ainda
está vivo, no quadro tão comovente dos suicidas e dos que foram martirizados,
nos que se deixaram absorver pelos prazeres materiais e em tantos outros fatos,
vieram lançar luz sobre a questão e deram lugar a explicações que resumimos a
seguir.
O
perispírito é o laço que une o Espírito à matéria do corpo. O Espírito é quem o
forma, tirando elementos do meio ambiente e do fluido universal. Ele é formado
ao mesmo tempo de eletricidade, fluido magnético e até de alguma quantidade de
matéria inerte. Pode-se dizer que é a matéria puríssima, o princípio da vida
orgânica, mas não da vida intelectual. A vida intelectual está no Espírito. É,
além disso, o agente das sensações exteriores. No corpo, essas sensações se
localizam nos órgãos próprios que servem de canais condutores. Destruído o
corpo, as sensações se tornam generalizadas. É por isso que o Espírito não diz
sofrer mais da cabeça do que dos pés. É preciso precaução para não confundir as
sensações do perispírito, que se tornou independente, com as do corpo: podemos
tomar essas sensações apenas como comparação, e não como analogia. Liberto do
corpo, o Espírito pode sofrer. Mas esse sofrimento não é corporal, embora não
seja exclusivamente moral, como o remorso, porque se queixa de frio e calor.
Apesar disso, não sofre mais no inverno que no verão: nós o temos visto
atravessar as chamas sem sofrer nada, nenhuma dor, o fogo não lhe causa nenhuma
impressão. A dor que sente não é física propriamente dita, é um vago sentimento
íntimo que o próprio Espírito nem sempre entende, precisamente porque a dor não
está localizada e não é produzida por agentes externos: é mais uma lembrança do
que uma realidade, mas é uma recordação também dolorosa. Há, entretanto, algumas
vezes, mais que uma lembrança, como iremos ver.
A
experiência nos ensina que no momento da morte o perispírito se desprende mais
ou menos lentamente do corpo. Nos primeiros instantes seguidos ao desencarne, o
Espírito não entende a sua situação: não acredita estar morto, sente-se vivo,
vê seu corpo de um lado, sabe que é seu e não entende por que está separado
dele. Essa situação persiste enquanto o laço entre o corpo e o perispírito não
se romper por completo. Um suicida nos disse: “Não, não estou morto”, e
acrescentava:“E, entretanto, sinto os vermes que me roem”. Porém, seguramente,
os vermes não roíam o seu perispírito, e muito menos o Espírito; roíam-lhe
apenas o corpo. Mas como a separação do corpo e do perispírito não estava
concluída, disso se originava uma espécie de repercussão moral que lhe
transmitia a sensação do que se passava no seu corpo. Repercussão não é bem a
palavra que dê a idéia exata do que ocorre, porque pode fazer supor um efeito
muito material. Era antes e de fato a visão do que se passava no cadáver, que
ainda estava ligado ao seu perispírito, produzindo nele essa sensação que
tomava como real, como autêntica. Desse modo, não era uma lembrança, uma vez
que durante sua vida nunca tinha sido roído por vermes; era uma sensação nova e
atual. Vemos, assim, que deduções se podem tirar dos fatos, quando observados
atentamente.
Durante a
vida, o corpo recebe as impressões exteriores e as transmite ao Espírito por
intermédio do perispírito, que constitui, provavelmente, o que se chama de
fluido nervoso. Estando o corpo morto, não sente mais nada, porque não possui
mais Espírito, nem perispírito. O perispírito, desprendido do corpo,
experimenta a sensação, mas como ela não lhe chega mais por um canal limitado,
próprio, torna-se geral. Portanto, como o perispírito é na realidade um agente
de transmissão das sensações que se produzem do corpo para o Espírito, porque é
no Espírito que está a consciência, disso se deduz que, se pudesse existir
perispírito sem Espírito, ele não sentiria mais do que sente um corpo morto. Da
mesma forma, se o Espírito não tivesse perispírito, seria inacessível a
qualquer sensação dolorosa, como ocorre com os Espíritos completamente
purificados. Sabemos que, quanto mais o Espírito se purifica, mais a essência
do perispírito se torna etérea, do que se conclui que a influência material
diminui à medida que o Espírito progride e, por conseqüência, o próprio
perispírito torna-se menos grosseiro.
Mas, dirão,
as sensações agradáveis são transmitidas ao Espírito por meio do perispírito,
da mesma forma que as sensações desagradáveis; sendo o Espírito puro
inacessível a umas, deve ser igualmente inacessível a outras. Sim, sem dúvida,
assim é de fato para as sensações que provêm unicamente da influência da
matéria que conhecemos, por exemplo: o som de nossos instrumentos e o perfume
de nossas flores não lhes causam nenhuma impressão. Porém, o Espírito têm
sensações íntimas de um encanto indefinível, das quais não podemos fazer
nenhuma idéia, por sermos, a esse respeito, como cegos de nascença perante a
luz: sabemos que elas existem, mas por que meio se produzem não o sabemos.
Termina aí nossa ciência. Sabemos que o Espírito têm percepção, sensação,
audição, visão; que essas faculdades são generalizadas por todo o ser, e não, como
no homem, só em uma parte do seu ser. Mas de que modo ele as tem? É o que não
sabemos. Os próprios Espíritos não podem nos dar idéia precisa, porque a nossa
linguagem não pode exprimir idéias que não conhecemos, da mesma forma que para
os selvagens não há termos para exprimir nossas artes, ciências e doutrinas
filosóficas.
Ao dizer que
os Espíritos são inacessíveis às impressões de nossa matéria, estamos nos
referindo aos Espíritos muito elevados, cujo envoltório etéreo não tem nada de
semelhante ao que conhecemos aqui na Terra. O mesmo não ocorre com os de
perispírito mais denso: estes percebem nossos sons e odores, mas não por uma
parte limitada de sua individualidade, como quando encarnados. Pode-se dizer
que neles as vibrações moleculares se fazem sentir em todo seu ser e chegam
assim ao seu sensoriumcommune2, que é o próprio Espírito, embora de um modo
diferente, o que produz uma modificação na percepção. Eles ouvem o som de nossa
voz e, no entanto, nos compreendem sem necessidade da palavra, apenas pela
transmissão do pensamento; isso vem em apoio ao que dissemos: a percepção
dessas vibrações é tão mais fácil quanto mais desmaterializado está o Espírito.
Quanto à visão, é independente de nossa luz. O dom da visão é um atributo
essencial da alma, para ela não há obscuridade; mas é mais ampla e penetrante
para os que estão mais purificados. A alma ou o Espírito tem nela mesma todos
os dons e recursos de todas as percepções. Na vida corporal são limitados pela
grosseria dos órgãos físicos; na vida extracorporal são cada vez menos
limitados, à medida que menos denso se torna o envoltório semimaterial.
Esse
envoltório, o perispírito, tirado do meio ambiente, varia de acordo com a
natureza dos mundos. Ao passar de um mundo para outro, os Espíritos mudam de
envoltório, assim como mudamos de roupa quando passamos do inverno para o
verão, ou de um pólo para o Equador. Os Espíritos mais elevados, quando vêm nos
visitar, se revestem do perispírito terrestre e, assim, suas percepções são
como as dos Espíritos do lugar onde estão. Porém, todos, tanto inferiores
quanto superiores, apenas ouvem e sentem o que querem ouvir ou sentir. Tendo em
vista que não possuem os órgãos sensitivos, podem tornar, à vontade, suas
percepções ativas ou nulas; há apenas uma situação a que são obrigados: a de
ouvir os conselhos dos bons Espíritos. A visão é sempre ativa, mas podem
reciprocamente se tornar invisíveis uns aos outros. De acordo com a posição que
ocupam, podem se ocultar dos que lhes são inferiores, mas não dos superiores. Nos
primeiros momentos que se seguem ao desencarne, a visão do Espírito é sempre
perturbada e confusa; porém, vai se aclarando à medida que se liberta do corpo
físico e pode adquirir nitidez igual à que tinha durante a vida terrena, além
de contar com a possibilidade de poder ver através dos corpos que são opacos
para nós. Quanto a poder alcançar a visão do espaço infinito, do futuro e do
passado, depende do grau de pureza e da elevação do Espírito.
Toda essa
teoria, alegarão alguns, não é nada tranqüilizadora. Pensávamos que uma vez
livres do corpo, instrumento de nossas dores, não sofreríamos mais. Agora nos
dizeis que ainda sofreremos, desta ou daquela forma, mas que será sempre
sofrimento. Ah, sim! Podemos ainda sofrer, e muito, por um longo tempo, mas podemos
também parar de sofrer, já desde o instante em que deixarmos a vida corporal.
Os
sofrimentos aqui da Terra, algumas vezes, independem de nós, mas muitos são as
conseqüências da nossa vontade, e se buscarmos as origens constataremos que, em
sua maior parte, resultam de causas que poderíamos evitar. Quantos males,
quantas enfermidades o homem não deve aos seus excessos, à sua ambição, às suas
paixões? O homem que sempre tivesse vivido sobriamente, que não tivesse
cometido abusos, que sempre tivesse sido simples em seus gostos, modesto em
seus desejos, se pouparia de muitos sofrimentos. O mesmo acontece com o
Espírito: as angústias que enfrenta são a conseqüência da maneira como viveu na
Terra. Sem dúvida, não terá mais artrite nem reumatismo, mas terá outros
sofrimentos que não são menores. Temos visto que os sofrimentos que sente são
causados pelos laços que ainda existem entre ele e a matéria e, quanto mais se
desmaterializa, menos tem sensações dolorosas. Portanto, depende do homem
querer libertar-se dessa influência já em vida; tem seu livre-arbítrio e,
conseqüentemente, a escolha entre fazer e não fazer. Que ele dome suas paixões
brutais, não tenha ódio, inveja, ciúme, nem orgulho; que purifique sua alma
pelos bons sentimentos; que faça o bem; que dê às coisas deste mundo a
importância que merecem; então, ainda no corpo físico, já estará purificado,
desprendido da matéria, e quando o deixar não sofrerá mais sua influência. Os
sofrimentos físicos que experimentou não deixarão nenhuma lembrança dolorosa;
não restará nenhuma impressão desagradável, porque afetou apenas o corpo e não
o Espírito. Ficará feliz por estar livre delas, e a calma de sua consciência o
livrará de todo sofrimento moral.
Interrogamos
milhares de Espíritos que haviam pertencido a todas as classes da sociedade e a
todas as posições sociais, quando na Terra. Nós os estudamos em todos os
períodos de sua vida espírita, desde o instante em que deixaram o corpo; nós os
seguimos passo a passo na vida após a morte para observar as mudanças que se
operavam neles, nas idéias, nas sensações. E sob esse aspecto, os homens mais
simples foram os que nos forneceram materiais de estudo mais preciosos, porque
notamos sempre que os sofrimentos estão relacionados à conduta que tiveram na
vida corpórea da qual sofrem as conseqüências, e que essa nova existência é
fonte de uma felicidade indescritível para aqueles que seguiram o bom caminho.
Deduz-se que sofrem porque merecem e só podem queixar-se de si mesmos, tanto
neste quanto no outro mundo.
http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/le/index.html
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