Libidos – Desculpem-me a sensualidade
As
pessoas adultas e bem desenvolvidas envolvem-se umas com as outras sem precisar
de cobrar isto ou aquilo do outro ou dos outros, elas respeitam-se naturalmente
e conhecem os limites da comunicabilidade dentro da sua realidade corpórea.
Pena
que para muitos de nós esse ainda seja um ovo por abrir.
Quando
começo a alimentar meu lado libidinoso só firo meu ser pois sei que estou a
dar-lhe uma esperança irreal que é muito provavelmente uma fuga do meu real.
É
preferível quando estou assim e penso em sexo, homem, virilidade, feminilidade,
prazer, devorar um chocolate.
Até
o dia em que possa receber esse homem em meus braços, porque será por comum
vontade o de fazer parte duma vida em comum.
Mas
pensam que é fácil. É como ter um barco o tempo todo na areia da praia.
Então
no tempo do calor dá que pensar.
Julho,
diz quem disse, mês das sereias e tritões mexe o suficiente com nossa libido.
É
tudo uma fantasia que permanece nos espaços obscuros da nossa memória,
e é
por ela existir que continuamos a achar que a vida é bela e pode ser um dia
vivida.
Nós
somos a lua nos seios nas nádegas somos a quilha do barco à espera do mastro
para encetar uma longa viagem de sonho de êxtase.
O céu
é o limite das mentes e por isso o homem sabe como guiar o navio.
“A
mulher vai aonde o homem a levar”
Mas
tudo isto é tão irreal é só olharmos para este mundo e quando existe tal a inveja
tem de ser um veneno insuportável para
qualquer mortal.
-entretanto como confiar
SOLTEM
Sem tréguas
sem piedade
conseguem lapidar-nos vivos.
Como um acordo que a todos bem diz
Quanta insanidade.
Foi destituída de alma
o mendigo aprisionado
choram, caluniam e querem-no
depravado o Espírito...
sem piedade....
"..abeirando-se do intransponível o homem reconhece que há limitações
que são como provações e que transcendem a sua vontade..."
"Se a nossa amizade ficar bichada;
eu prefiro ser a fruta que apodrece,
a ser o bicho que a corrói.."
"..que importa que veja, se tantos estão no obscurantismo..
Como uma folha que se desprende naturalmente da árvore,
levai de mim Oh Criador a tristeza, para que não seja entregue a mais ninguém."
O pior que pode acontecer a uma mulher madura é
apaixonar-se por uma vida que não pôde ter em jovem adulta. A ternura dos 40 parece-me mais uma revolução afirmativa do que já se
aprendeu e daquilo que não se
deseja repetir. Depois dos 40 estamos olhando para o umbigo
porque estamos centradas na capacidade de envelhecer e ter de mudar de
comportamentos.
Olhamos o corpo
todo com dúvidas e anseios. Despertamos num novo sentir.
Sentir esse que vai depender da situação harmoniosa ou
não que a mulher pôde ou não, alcançar pelo seu esforço ao longo de sua vida já vivida.
Estou
falando disto porque sinto que meus falares aqui no blogue podem ter essa
condicionante. Por vezes enlouquecemos ….
A ÚNICA ESCRAVIDÃO BEM
SUCEDIDA É AQUELA QUE NOS LEVA AO DOMÍNIO DAS NOSSAS FORÇAS IRRACIONAIS
PRECISAMENTE PORQUE EVITA ALGUM SOFRIMENTO QUE POSSA ADVIR DAÍ.
Nesta altura que se lê
tanto sobre o Eterno Feminino é nele que me vou basear para repetir o que
tantas mulheres já escreveram
O QUE AS MULHERES APRENDERAM A FAZER
NATURALMENTE AO LONGO DESTES SÉCULOS COM O SEU CICLO MENSTRUAL FOI PRECISAMENTE
ISSO CONTROLAR O SEU CORPO ONDE O ESPÍRITO SEMPRE RECLAMA POR ALGO……
….ONTEM MAIS DO QUE HOJE,
PORQUE A PÍLULA E OS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS ACTUAIS FIZERAM DELA UMA ESCRAVA DO
IRRACIONAL COLECTIVO.
SOMOS CAPAZES DE BEM MAIS
DO QUE ISSO SE FORMOS OU FOSSEMOS EDUCADAS PARA TAL. TUDO VIRÁ A SEU TEMPO.
AINDA BEM QUE ESTAMOS DESPERTANDO ESSA VERDADE DENTRO DE NÓS E AMANHÃ QUEM SABE
SEREMOS BEM MAIS FELIZES. SE FORMOS CAPAZES DE EDUCAR.
Eu só quero uma coisa
Desse tempo terrestre
Amar e ser amada
Mas com verdade
Sem enfermidade ou ilusão
..e para aqueles que “acham” e podem
estar certos ou errados, que isso é utopia, até pode ser, e só há algo que eu e
pessoas como eu devem temer: a possibilidade de um dia cair em “torpeza”. Cilada
que é comum neste planeta, afecta muita gente. É preciso envidar esforços
pessoais para vencer essas fraquezas.
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