segunda-feira, 25 de junho de 2012

Não há caminho que já não tenha sido percorrido por outras mulheres


Amigas e amigos visitantes deste blog  este tema que se segue é também um dos que considero apaixonantes. Ainda sei  pouco estou constantemente a  descobrir novas sobre o mesmo, apesar de que o meu interesse por mitologia já é velho mas muito evidentemente que me  falta o estudo guiado. Assim sendo vou tocar audeleve no mesmo.
Minha ideia é só criar o interesse no tema e para isso tenho de recorrer a Quem sabe.

QUE UMA MULHER QUER?
“A grande pergunta que jamais foi respondida e que não fui capaz de responder apesar de meus trinta anos pesquisando a alma feminina é: o que uma MULHER QUER” (SIGMUND FREUD).

— tudo indica que os homens não têm a menor idéia e a própria mulher se confunde e se perde. O grande mestre Freud pareceu desistir, contudo seu discípulo Jung buscou decifrar esse universo através do que denominou arquétipo — forças, padrões, protótipos, imagens — existentes na psique e no inconsciente coletivo da mulher. A psicologia junquiana se utilizou do mundo encantado das deusas gregas do Olimpo e criou as Deusas do Feminino — seis arquétipos de mulher! pedras angulares da psicologia do feminino.
Seis são as deusas — Afrodite, Deméter, Atenas, Ártemis, Hera e Perséfone — uma herança ancestral tatuada na psique e que constitui o todo dividido e ao mesmo tempo o inteiro feminino. Representam aspectos de personalidade e de caráter, espelhados em atitudes e emoções, influenciando crenças, modelos de comportamento, conceitos.
Segundo esse princípio, cada mulher conteria as seis deusas (com predominância de uma) que disputam poder e conflitam entre si — porventura estando aí a resposta do mistério feminino, bradado em prosa, versos e discussões desde que o mundo se fez.
Ciente desse embate e querendo desvendar o segredo, nosso amigo psiquiatra se reuniu com as seis deusas-mulher para um bate-papo num barzinho. Logo um homem obviamente bem-sucedido passou, sem antes deixar de piscar o olho para Afrodite.
Este é dos meus! gosto de homens viris e de sucesso — Afrodite anunciou, devolvendo para o sujeito o mesmo piscar.
— Ah! prefiro os confiáveis e fortes — falou timidamente Deméter.
— Você é uma boba mesmo! Deméter! a gente precisa é de um companheiro! que se disponha a dividir o trabalho e tudo mais — argumentou Ártemis.
Atena retrucou: — Meu Deus! santa ignorância! mulheres-deusas sem neurônios? o que vale mesmo num homem é a autoridade.
— Por isso! Queridinha! é que você só arranja velhacos! — acusou Hera.
— Velhacos não! homens maduros e inteligentes — Atena se defendeu.
—Melhor do que você, Hera! Gracinha! — se intrometeu Afrodite — interessada somente na grana e no prestígio do cara.
Hera se acobertou: — Não confunda preocupação com o bom nome da família e com o leite das crianças! com benefícios vis!

Temendo um quebra-pau público! o psiquiatra quis ajeitar: — Garotas! pra que brigar? lembrem-se que são somente uma!
— Deixa de psicologia barata — Perséfone não tolerou. — O que sei de verdade é que vocês são todos produtos embrutecidos do imperialismo capitalista!
— Como é isso? você está me incluindo também nessa rixa? se explique! — exigiu o amigo, segurando a mulherada que já queria trucidar Perséfone.
Perséfone não se intimidou: — Pobres de espírito! materialistas desta relé sociedade laica!
— Calma! somos todas inseparáveis. Uma é o sul, a outra o norte.
 Leste e oeste! — ponderou Deméter. — Seja mais transparente! Perséfone.
Diante do pedido singelo da companheira e da iminente ameaça de ir parar no hospital! Perséfone afinal elucidou: — Sou mesmo a deusa da escuridão. Poucos me entendem. E acrescentou: — Mas sou também a Luz. Uma deusa que se preze! como eu! se apaixona pelo espírito do homem e por guias espirituais.
Como estava mesmo decidido a colocar um pouco de ordem no caos, o psiquiatra contemporizou.
Hera e Perséfone?
— Hã?... Hã?
— Vocês são as deusas do poder! e bem que poderiam ficar satisfeitas! já é MUITO!
E sem conceder tempo de qualquer contestação, o psiquiatra concluiu o seu raciocínio: —
Afrodite e Deméter são as deusas do amor! Ártemis e Atena as deusas da independência. Todas MARAVILHOSAS! E ponto final.
As mulheres ignoraram nosso amigo.
— Não tenham inveja nem me reneguem! TOLAS! eu estou no fio de cabelo, no feitiço sorrateiro de cada mulher. Eu sou você! a deusa Afrodite!
— Se não sabe quem eu sou! NÃO DÁ PARA CAPTAREM? ORA!... de onde vim... para onde vou! — disse Ártemis — veja refletida a minha figura no espelho do seu porão.
Hera se posicionou: — AH! AH! AH! SUAS ZINHAS! detrás do poderoso decantando homem! eu estou! Hera é o nosso nome.
— Porque uma metade é a que grita. Outra minha metade é a que silencia. E as duas metades entrecortadas somos nós! PAREM DE SER BURRAS! deusa Atena mulher.
— No espaço de minha introspecção — expressou Perséfone — você é a minha voz, o grito de libertação! IH! DESENVOLVAM A SENSIBILIDADE! sou sua força, sua índole! o nosso espírito de mulher.
— Sou a boneca em sua mão de menina execrada! VAZIAS! METIDAS A SABER TUDO! — Deméter se manifestou. — Subsisto na “Terra do Nunca”! nostalgia! eu e o que restou das outras “luluzinhas”. Somos a mãe dentro de você!
Perplexo e frustrado o psiquiatra se despediu.
— Tchau! Desisto!
Mas será o Benedito? vai ser necessária a terceira guerra mundial para se entender o que uma mulher quer?

Lêda Nova é escritora e ocupa a cadeira 23 da Academia Conquistense de Letras. Presidenta da República das Letras — é também colunista do Jornal Sudoeste e da Revista Conquiste. Sua última obra publicada foi o romance policial A Escada de Madeira em L, já na segunda edição.
(publicado na edição de 03.04.08 do Caderno Cultural do Diário Sudoeste)


"Na Grécia, as mulheres percebiam que uma vocação ou profissão as colocava sob o domínio de uma determinada deusa a elas veneravam. No íntimo das mulheres contemporâneas as deusas existem como arquétipos e podem cobrar seus direitos e reivindicar domínio sobre suas súditas. Mesmo sem saber a qual deusa está submissa, a mulher ainda assim deve dar sua submissão a um arquétipo determinado por uma época de sua vida ou por toda a existência.

Jung chama o arquétipo das deusas de "Transformadoras", porque tendem a surgir em momentos de mudança em nossa vida, como na adolescência, casamento, morte de um ente querido, modificando totalmente nossos sentimentos, percepções e comportamentos. Uma vez que a mulher se torne consciente das forças que a influenciam, adquire total poder sobre este conhecimento. As deusas embora invisíveis, são poderosas e modelam e influenciam o comportamento e emoções. Quanto mais uma mulher souber sobre suas deusas dominantes, mais centrada ela se tornará, tendo o perfeito domínio sobre seus instintos, habilidades e possibilidades de encontrar um significado especial através das escolhas que fará.
(...)

É urgente que compreendamos a natureza e a condição dos arquétipos femininos que estão despontando do inconsciente coletivo da nossa cultura. Os sonhos e as experiências interiores de homens e mulheres, temas tratados por romancistas e pela mídia do mundo inteiro, ressaltam imagens ao mesmo tempo antigas (mitológicas), mas radicalmente novas do feminino que vão chegando à consciência. Estas formas estão fermentando dentro de nós, sendo capazes de transformar os modos mais fundamentais de pensarmos sobre nós mesmos. Essas poderosas forças interiores e as imagens e mudanças que provocam são denominadas DEUSAS".
Excerto de um artigo de Rosane Volpatto



 e há outras para lá das do texto acima.
Não há caminho que já não tenha sido percorrido por outras mulheres. Inclusive nossas mães, avós, irmãs, as histórias delas trazem-nos lições de vida.

Vive em paz com o teu dia a dia.
Deixa que tudo o que não consegues controlar permaneça do mesmo modo.
Quando sentires que podes alterar algo
que necessita de ser modificado, fá-lo e depois esquece-o.
Tu não tens obrigatoriamente que consertar tudo. Carol Ann Morrow
 Ouvir os outros expressarem os seus sentimentos,
Incluindo a raiva ou a cólera,
É um ato de paz.
E não oiças só para ver se podes acrescentar
alguma coisa.
Se estiveres atento no teu gesto de escutar,
Estás a convidar o outro a procurar a paz
No seu íntimo. Carol Ann Morrow


Vou falar um pouco de Afrodite, só para dizer algo que me parece importante.



Com Afrodite não há enganos, Amor é Amor, Sexo é Sexo; e Amor com sexo é o que faz a vida ter um brilho natural.
    E neste desejar e realizar-se vão muitas e variadas experiências.
    Acho relevante comentar duas situações que merecem meditação:  - aquela que trata os homens como bichos e as mulheres como castradas ou castradoras e que é muito conhecida, passo a comentar “ coitadito ele quis sexo e eu fiz o favor, ou cedo por obrigação.
 Li isto num blogue e já assisti a debates na televisão com essa mesma linha de defesa.
- para mim homem não é bicho e tem é que dar-se ao respeito e ser ajudado a crescer  nessa sua identidade, mulher que é amiga sabe disso e age  de acordo.
 
A outra questão é precisamente aquela que parece ligar-se a essa: - porque ficamos ligados a parceiros quando já se perdeu a magia, o encanto duma vida em comum;
 - precisamente porque não encontramos melhor. E pondo tudo na balança, cada um é que sabe as linhas com que se cose.
  Poderia acrescentar há fadista -
 Tudo isto existe, tudo isto é triste e tudo isto é fado.
Tenho para mim que: - " Duas pessoas juntas mas sexualmente incompativeis, quase de certeza que estão mentalmente em estágios diferentes de maturação."
Havemos de chegar todos um dia a uma vivência mais sã e equilibrada.


Demeter ou Isis ou Maria, ou …….

A resposta para os nossos comportamentos, sempre presente mas    quase sempre  por excesso ou negligência.
A protetora, a educadora, a compreensiva, a mãe – todos nós precisamos de cuidados maternos. Amar a mãe é amar a vida manifestada e por isso é que se vê que ela tem sido negligenciada.

“Deus criou seres e céus, mas nós costumamos transformar-nos em espíritos diabólicos, criando nossos infernos individuais.”
Do Livro Nosso lar.
Depois refugiamo-nos na fé de acordo com nosso entendimento para nos livrarmos desse inferno, e alcançarmos outras graças - por isso que o mundo está cheio de cultos.
 
Se você quiser amar
Se você quiser amor
Vem comigo a Salvador ( podíamos dizer vem escutar Jesus)
Para ouvir lemanjá  ( sua Mãe)
A cantar, na maré que vai
E na maré que vem
Do fim, mais do fim, do mar ( mar que em hebraico é Senhor)
Bem mais além
Bem mais além
Do que o fim do mar
 ( pode querer dizer no encontro com o Criador
Que é o próprio Universo manifestando-se)
Bem mais além
/fonte net/
 
..por ter gostado desse “Eu - lirico “ (a voz que fala no poema)  é que resolvi coloca-lo aqui dando-lhe uma pequena interpretação.  
Lembrando a famosa expressão Brasil pátria do Evangelho – Livro que pode ser lido através da net.

CONCENTRANDO-ME NAS DICAS DE COZINHA.


     Gostaria de dizer que ao fim destes anos de doméstica aprendi algo muito importante no seguimento da busca e de quem o diz também; qual escritor ou escritores falam sobre isto, vários. Aprender  a valorizar cada unidade de fonte de energia. Redescobrir cada potencialidade ali encerrada. Podemos incluir aqui tudo começando pelos grupos maiores de acção,  amigos, família, profissão, tudo o que faz parte do  nosso universo. Mas é preciso valorizar o que temos que pode ser quase nada de tudo isso mas é o que temos.
 Digo isto porquê, porque se a minha vida tem sido feita entre casa e supermercados, então eu aprendi a valorizar esse mundo, as pessoas que lá trabalham e os produtos que lá se vendem. Aprendi a valorizar meu papel mesmo que este nunca tenha sido muito apreciado.
Um pequeno aparte: " Ver pessoas com parcas possibilidades económicas é inaceitável neste universo em que há de tudo; ás vezes pergunto-me como é que os trabalhadores destes sítios, agora então com essa crise conseguem aguentar"
   Continuando:  Aqui em casa, agora que meus filhos são jovens adultos, cozinhar é bem mais fácil e tanto eles como o pai deles gostam de ir para a cozinha de vez enquanto e tem aqueles tristes dias em que cozinho praticamente só para mim ou melhor de uns dia para o outro ou outros, isso até é bom.

Concentrando-me nas dicas de cozinha.


       A 1ª grande descoberta que fiz na cozinha foi perceber que podia usar papel vegetal já com gordura para grelhar assar fazer quase tudo tanto no forno como numa grelha de pôr no fogão. Se seguir  este conselho - Só lembro uma pequena atenção “vigiar sempre para este não pegar fogo com a proximidade das outras bocas do fogão ou com o grelhador do forno; neste caso nunca me aconteceu mas quem sabe! Até para torrar o pão que sobra o uso do papel vegetal é bom e como base sobre a grelha do forno quando faço tartes e elas vertem qualquer coisinha minimiza o sujo, aliás minimiza o sujo de qualquer situação de cozedura. Portanto forre o recipiente e evite deixar papel para fora.

- Quando o dinheiro é pouco  ( e eu sei que há quem tenha muito menos)
     Recorro ao frango de churrasco ou assado no forno normal e à carne assada.
Isto para não falar das sopas que são mesmo o recurso mais económico e podem ser feitas sem o nutriente animal. Agora no calor é difícil comer sopas incorporadas é mais fácil pensar em saladas. Existe o gaspacho que é uma sopa muito fresca.
     Porquê o frango de churrasco ou assado e a carne assada, porque com elas podem-se confeccionar outras refeições, saladas, sandes, croquetes, pizzas, folhados, tapas.
Em relação ao frango  com 2 embalagens de 2 frangos consegue-se  fazer muitas “coisas” e das carcaças, miudezas e asas até fazer uma ou +  canjas e se guardar-mos os fígados ao fim de um tempo também já se faz um arroz.
 Algumas receitas que já fiz são por exemplo das coxas o  frango à espanhola que é muito simples e deve ser feito de preferência em recipiente de barro. Põe-se alternadamente rodelas de cebola, tomate, pimento vermelho chouriço um pouco de azeite e o frango, algum alho e erva a gosto. É só pôr ao lume e quando pronto acompanha com pão de alho e salsa aqueles pacotes que se compram ou outro pão. Até se pode-fazer o mesmo pão no forno. Ou serve-se com o acompanhamento que se quiser.
     Das pernas do frango pode-se fazer qualquer receita desde caril a fricassé, panados ….dos peitos pode-se fazer bifes grelhados, espetadas, hambúrgueres, outras tortas….haja ideias e alguma  busca na net. 
   Eu gostava de ingerir menos carne e ter uma alimentação menos animal, não é nada que já não tenhamos tentado realizar, mas é quase impossível. Já não compro nem cozinho carne de vaca, nem cabrito, nem pato, nem coelho, só me lembro de ter ido ao Macdonald uma vez mas cortar radicalmente ainda não cheguei aí.
- Algumas receitas prontas do hipermercado ajudam-me a fazer algo maior como por exemplo a açorda de marisco pré cozinhada à qual adiciono + pão, a água que pode ser temperada, um pouco mais de moluscos, alho azeite coentro e pronto. Quando faço açorda até mesmo a que serve de acompanhamento como o são o arroz e a batata e se tiver congelado uso o miolo de broa de milho no fim da cozedura se estiver mole esta ajuda a engrossar.
     O bacalhau à Bras já pré-cozinhado é só acrescentar + batata palha, ovos, salsa, azeitonas sem caroço, uso sempre este fruto quando faço este prato começado com o refogado de cebola. Portanto pode-se fazer o refogado usar só um pouco de bacalhau que esteja já demolhado e congelado, pode ser aquelas tiras por vezes até são de paloco; fazer tudo normal e no fim acrescentar o pré-cozinhado.
     As massa chinesas, aqueles pacotinhos pequenos (um por pessoa ) podem ser adicionados a uma refeição já pronta de camarões ou com um pacote razoável de miolo de camarão para 2 pessoas feito um refogado de cebola, alho, salsa. Pode-se acrescentar uma ou duas latas de polvo e pota em conserva.
Já para os meus filhos que não apreciam camarão uso a mesma massa com um pouco de peito de frango aos bocadinhos e que deve ser cozinhado a gosto.
     Bem tem algo muito bom que são rissóis de camarão infelizmente não sou aquela fada do lar com mãos de amassar, e agora com os molhos Béchamel já prontos é muito fácil fazer um recheio, recheio este que faz uma tarte de massa folhada daquelas de supermercado sem serem congeladas as do freezer, muito boa. Portanto é só fazer o refogado de alho cebola salsa ou coentros miolo de camarão ao qual se acrescenta o Béchamel se precisar engrossar junte Maizena – que é amido de milho, forrar a forma de tarte com o papel vegetal já com gordura sobre este estende-se a massa que vem enrolada, é fácil, cobre-se com o recheio e sobre este outra folha de massa folhada. Pincela-se com gema de ovo e vai ao forno até ficar pronta.
   
 E sopa de camarão alguém quer a receita? – aqui vai recebi essa receita de uma irmã mais velha já faz uns bons anitos.
Quantidade de camarão a gosto coze-se num pouco de água temperada (eu ponho cebola com casca, um pouquito de alho, louro, azeite ,sal, gindungo), levanta fervura e colocam-se os camarões inteiros até ficarem cozidos côa-se a água que se vai aproveitar para a sopa. Numa panela faz-se um bom refugado de cebola tomate sem pele ao qual se junta depois  a água da cozedura e farinha torrada – (torre mesmo a sua farinha de trigo numa frigideira )(qqb )para engrossar, depois acrescenta-se mais água a gosto e a meio da cozedura um ramo de salsa com poucos pés . No fim tritura-se com a varinha mágica e serve-se com ou sem os camarões descascados.

     Outras dicas
·         Uma vez ouvi um cozinheiro dizer que quando queremos fazer uma receita e nos falta o fruto seco – (qualquer noz) que esta pode ser substituída por amendoim.
·         Já experimentou adicionar um bom caramelo ao chá em vez de pôr açúcar.
·         Com um pacote de batatas fritas amassa-se bem o conteúdo e usa-se este para fazer omelete. Uma daquelas refeições rápidas.
·         Sabia que quando cozinhamos o camarão cru mas temos de retirar as cabeças estas podem ser colocadas em recipiente com água que vai a ferver até diminuir para metade o volume da mesma e com este líquido pode-se fazer um molho de bechamel muito rápido.
·         Um dia descobri que por não ter força suficiente nos braços o funje (massa feita com fuba) pirão como dizem os africanos não me saia bem e muito grumoso, solução peguei na varinha mágica e já está. Mulher africana é forte mesmo, eu nasci em África mas nada que se compare.
  •  Um pequeno pormenor que ás vezes escapa, quando vamos para a  cozinha elaborar as nossas receitas ter de preferência os ingredientes todos na temperatura ambiente. 
  •  E sabem o que eu considero evoluir dentro da culinária que nos é transmitida neste caso pela mãe, é com a mesma receita ir um pouco mais além e fazer algo mais. Pois bem de uma tarte de frango, faz-se também uma sopa com os ossos e bocados de carne e cartilagem que separo a quando do recheio da massa.( façam ao vosso gosto um refogado de frango,aqui talvez tenham de usar um pouco de farinha maizena para engrossar o  molho do refogado; façam uma massa para tarte, forrem a tarteira tapem pincelem com gema de ovo, clara também dá e leite também se usa; vai ao forno até dourar e já está) Esta ideia da sopa não foi minha foi do pai dos meus filhos.
 

Receita de Lombos de pescada ou medalhões (um pouco cara)

Tempera-se a gosto mas muito light, pode ser só sal o suficiente (qqb) limão, alho ….
Passa-se o peixe por farinha e frigem-se em gordura, eu gosto de recorrer ao azeite até porque só é preciso um pouco. Depois põe-se de lado ou deita-se logo numa frigideira maior aonde se colocaram 1 ou 2 pacotes de natas boas, ou 1 e leite com queijo Roquefort  esmagado apura um pouco e está pronto. Acompanha com batata frita grossa. Aqui só eu gosto dessa refeição os meus filhos nunca gostaram muito de natas e queijos não deve ser uma refeição muito boa para os mais novos.
   ..este tema pode-se alongar e muito,  mas por agora é tudo.

Bem,  também  posso partilhar um docinho daqueles que encontramos nos supermercados e são um pouco caros para alguns....

Tarte de amêndoa 

Para a massa - 250g de farinha; 1 colher de fermento em pó, agora há farinhas com fermento; 75g de açúcar; 50g de manteiga; 1 ovo e 1 gema. 
     Misture a farinha com ou fermento ou não, o açúcar e de seguida acrescente a manteiga, o ovo e a gema. Misture até homogeneizar e com este preparado forre uma tarteira de fundo amovível . Leve ao forno a cozer por cerca de 25 minutos.  Entretanto prepare a cobertura;
- 1/4 de leite (2,5 dl); 250g de açúcar; 150g de manteiga; 250g de amêndoas peladas e cortadas às lascas.
      Leve o leite ao lume com o açúcar e a manteiga e quando ferver acrescente as amêndoas. Cozinhe até engrossar e retire. Verta o conteúdo na massa que já deve estar cozida, leve ao forno de novo até tostar -  fica com um tom caramelizado, sirva depois de fria.
 ( uma parte das minhas ancestrais são algarvias  e eu gosto bastante dos doces com amêndoas e com figos secos, bem estes últimos são tão simples de fazer - procurem na net porque existem de certeza essas receitas ) 

   
 

 Há uma Hestia em cada uma de nós





  


domingo, 24 de junho de 2012

Minha Realidade Doméstica


…entrando na minha cozinha.
       Queridos visitantes agora que decidi abrir o livro do meu diário e mostrar-vos algumas de suas páginas, nela encontram-se registos da arte  de cozinhar de uma pequena família de quatro pessoas às vezes cinco quando a minha sogra decide participar e à 4 anos atrás com mais um membro mais pequenino que era a nossa gatinha hoje já não está entre nós, adoeceu e deixou aquele seu corpito. Posso partilhar uma foto dela, uma mimada, ultimamente já estava muito grande , muito espertalhona eu penso que ela já não cabia naquele corpito. Como o resto da família era gulosa e pedia-nos com a patinha tudo o que nós comêssemos. Quando quisemos ver se estava bem dos rins, adoeceu com cancro, foi horrível. Um dia desses vou colocar aqui o endereço do site que meu filho fez para falar sobre essa doença nos gatos.




 
esta foto faz parte de um calendário que fiz sem data/uma ideia original que qualquer pessoa pode fazer pondo fotos de seus gatinhos e sendo original na composição e até com mais perfeccionismo. É preciso depois pôr argolas em cima ou na lateral com folha de acetato transparente e a de cartolina no fundo, tudo a gosta de quem faz o calendário.

Voltando à cozinha

      Bem, a minha experiência diz-me que só ao fim de alguns anos é que conseguimos desembaraçar-nos rentabilizando tempo, dinheiro e decisões de confecção dos pratos.
     Muito provavelmente algumas das ideias que aqui vou partilhar já são vossas conhecidas e algumas até podem aparecer noutras janelas do Ciberespaço.
     As ideias de aproveitar roupa fazer croché são mesmo dos vídeos do Yuotube.
  Peças decorativas são o fruto de inspirações de  diferentes fontes.

Um artesanato de trazer por casa 

....quando atravessei uma daquelas fazes do fechado em si mesma, comecei a fazer croché mas foi uma simpática rapariga, colega,  que me ensinou um pouco do assunto. Desde aí procurei interessar-me por croché mas como não é de todo uma arte barata, fui me esquecendo dele. Com o aparecimento das lojas dos chineses voltei a pensar nessa tarefa e comecei a elaborar algumas peças imaginem para guardar pratas que herdei, depois acabei um quadro muito grande de um gato(a), fiz também uma adaptação para vestido, e hoje estou fazendo aplicações para várias coisas porque o You tube  ensina a fazer de tudo um pouco.


Habitualmente gosto de fazer quadros com aquelas bolinhas coloridas que também há nas lojas dos chineses.  Cose-os na tela com linha normal ou brilhante depende.No fim costumo acrescentar outros "brilhos" e selo tudo com cola em spray  Os desenhos são decalques, mas ainda preciso aperfeiçoar esta arte.  Imagem é de telemóvel/

Já fiz uns quadros com escamas de peixe mas como não sei tratar a escama estas ficaram rijas. E tem o problema das molduras, porque também usei tela com alguma espessura . Normalmente forro as telas com papel aveludado auto colante e em cima dele é que trabalho a linha e uso alfinetes de cabeça para fazer  o centro da flor, uso cola- tudo para colá-las,( verniz em spray nas escamas antes de trabalhá-las depois de secas). O peixe comprei-o no super-mercado.
 bem se gostarem das ideias e até aperfeiçoarem valeu o poste.

Gosto tanto quando encontro estas entrevistas


     Amigos visitantes  a última mensagem deste blogue levou-me a esta entrevista, como posso divulgá-la decidi então partilhá-la com vocês. Quem nunca ouviu falar de Espiritismo ou ainda não se tinha  debruçado sobre o mesmo é capaz de começar a perceber que seu conteúdo é tão vasto e no entanto é como se( várias linhas, neste caso saberes, convergem para o centro da circunferência, neste caso o Espiritismo a nortear) ; interessante;  falando de simbologia, o círculo e o centro surgem como instrumento de medição astrológica e do relógio do sol, na realidade tudo o que é criado tem seu centro e por toda a parte os centros recriam-se uns aos outros. O um é sempre o centro e sem ele nada mais existe. 
     Continuando, por ser tão vasto o seu conteúdo doutrinário é que quem dele se acerca tem inevitavelmente de estudar muito, abrir sua mente a um universo de ideias muito alargadas e nada lineares encontrando dificuldades de compreensão e  vivência  de acordo com sua evolução psíquica e a sua inserção social.
 E há que ter em consideração que o despertar da ciência para uma afirmativa desobstruída é muito recente.
 
CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo
http://www.cvdee.org.br

Entrevista Virtual
Entrevistado(a): Adenauer Novaes
Tema: O psiquismo humano e a mediunidade
Num. Questões: 33

Nota: O conteúdo das respostas é de inteira responsabilidade do autor, cabendo ao CVDEE o papel de divulgação e incentivo ao estudo da Doutrina Espírita.
Obs: A entrevista pode ser divulgada livremente em outros meios de comunicação, sendo obrigatória a citação da fonte.

 Questão 1
Existe relação entre as pessoas que possuem DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) e a Mediunidade?

Resposta: O Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) com ou sem Hiper-atividade (TDAH) não está relacionado com a mediunidade. O sintoma principal, em ambos os casos, é a dificuldade em se concentrar ou focar um objeto específico na atenção. A consciência se volta para um novo objeto quando cessa o interesse pelo anterior. Há uma alternância de interesses, prejudicando o grau de concentração do indivíduo. Com hiper-atividade, aparece outro sintoma que é a aceleração psicomotora, denunciando ainda mais a dificuldade de concentração. O transtorno costuma aparecer na infância, dificultando a aprendizagem e a
sociabilidade. No adulto, dentre outros prejuízos, dificulta seu interesse e definição profissional. A dificuldade de concentração com alterações psicomotoras também podem ser observada na depressão sem serem TDAH ou provocadas pela mediunidade. A mediunidade é uma faculdade que proporciona ao indivíduo um grau maior de interação com o espiritual, não promovendo diretamente e necessariamente qualquer sintoma que se assemelhe a um transtorno psíquico. Por vezes, a obsessão espiritual pode, em casos específicos, promover alterações na personalidade do indivíduo, dificultando a concentração e provocando aceleração motora, típicas do TDAH. A diferença estará em outros
sintomas associados à obsessão que não deixam dúvidas, tais como: alterações no sono, confusão mental, irritabilidade, etc.

Questão 2
O que realmente significa psiquismo e qual sua relação com a mediunidade ostensiva?

Resposta: O termo psiquismo significa mente ou aparelho psíquico. É uma designação comum em psicologia que se refere ao conjunto das funções psíquicas, englobando tudo que se refere à subjetividade e a motivação. Em termos espíritas, é um órgão funcional do perispírito que possui, além de outras, a função de ordenar as emoções, pensamentos e idéias. Desempenha importantes funções ligadas à cognição e ao comando da vida relacional. A mediunidade é o meio de comunicação interdimensional de que se servem os espíritos encarnados e desencarnados. Quando ostensiva, apresenta inequívocas demonstrações de veracidade no que apresenta. A mediunidade necessariamente decorre da existência do psiquismo, pois, é através da mente que os fenômenos mediúnicos se dão. Mentes distintas operam fluidos para a ocorrência da comunicação mediúnica. O psiquismo, ou mente, é imprescindível à ocorrência do fenômeno mediúnico. Quando digo mente, não me refiro exclusivamente à do desencarnado. O
conhecimento adequado do funcionamento da mente humano proporcionará melhor compreensão ao fenômeno mediúnico. Não existem fenômenos mediúnicos sem a utilização da mente. Não são excludentes os fenômenos psíquicos dos mediúnicos.

 Questão 3  
O psiquismo pode dominar a mediunidade, mas a mediunidade pode dominar o psiquismo?

Resposta: A mediunidade é uma faculdade e o psiquismo é um aparelho. A relação de domínio pressupõe hierarquização. A mediunidade ocorre por via do psiquismo, portanto não se pode falar em domínio. O domínio do fenômeno mediúnico é feito pelo espírito, quer encarnado ou desencarnado. Pode-se falar em domínio do fenômeno pelo eu, que é uma função psíquica. Mesmo assim, muitas vezes, ocorre de forma inconsciente, portanto, à revelia do eu. O psiquismo não é uma personalidade autônoma, sendo apenas um aparelho de comunicação entre o Espírito, princípio inteligente, e o mundo externo.

Questão 4
Seria o psiquismo a base para que o fenômeno mediúnico se exteriorize (tome forma) no mundo físico?

Resposta: Creio que sim. O psiquismo do espírito favorece a ocorrência do fenômeno mediúnico. Sua mente, aliada a outra mente, por via dos fluidos, proporciona os fenômenos mediúnicos.

Questão 5  
A mediunidade pode contribuir para evoluir ou aprimorar nosso psiquismo?

Resposta: Defendo a tese de que o psiquismo se aprimora para melhor servir ao Espírito. Esse aprimoramento é automático, de acordo com a evolução do eu e com uma certa ressonância coletiva. O exercício da mediunidade permite a flexibilidade desse mesmo psiquismo. Ele se torna mais flexível e melhor aprimorado para a exteriorização das capacidades do Espírito. A mediunidade, institucional ou não, é uma aquisição evolutiva e sua utilização é uma dos vetores que impulsionam o desenvolvimento psíquico humano.

 Questão 6
Doentes mentais que assim estão devido a obsessões, estariam com o psiquismo em desarmonia consigo mesmos e incompatibilidade com a mediunidade do doente?

Resposta: A doença mental apresenta um espectro muito variado de causas e de manifestações. Existem aquelas que, mesmo provocadas por obsessão espiritual, contém sua psicogênese no psiquismo do encarnado. Nos casos em que a interferência espiritual é causa ou conseqüência, a mediunidade estará sendo um meio facilitador. O psiquismo em desarmonia significa o espírito em desequilíbrio, portanto a causa estará sempre na personalidade e não necessariamente no aparelho psíquico. A desarmonia do aparelho psíquico é conseqüência e não causa. A mediunidade, na doença mental, pode ser prejudicial, pois tende a facilitar o acesso ao inconsciente. Em muitos casos, melhor seria bloqueá-la, até que haja equilíbrio psíquico para educá-la.

Questão 7
Como podemos harmonizar o nosso psiquismo com a nossa mediunidade?

Resposta: A harmonização psíquica é importante aquisição da pessoa, pois nada mais salutar do que a paz íntima. A mediunidade é uma faculdade muito antiga no ser humano, porém pouco ou só recentemente estudada.
O Espiritismo colocou a mediunidade como objeto de estudo científico e a dignificou com seu uso voltado para a caridade. A mediunidade é parte de nossa atividade psíquica, pois, via de regra, estamos pensando com espíritos desencarnados, embora acreditando que estamos sozinhos. Seria oportuno que estudássemos mais e praticássemos mais a mediunidade. Ela pode ser muito útil na vida cotidiana. Seu uso institucional, no Centro Espírita, é um avanço, mas também pode ser utilizada na vida prática.
Considerar-se em contato constante com outras mentes, de encarnados e de desencarnados, sem se sentir por isso pressionado, pode ser útil ao ser humano.
A mediunidade é um poderoso mecanismo de comunicação com o universo espiritual a nossa volta. Usá-la em benefício da própria evolução e no auxílio a terceiros, é a melhor maneira de contribuir para a harmonia interior.

Questão 8  
É a mediunidade que se torna incompatível ao psiquismo ou é o psiquismo que se torna incompatível à mediunidade?

Resposta: A mediunidade é uma faculdade psíquica. Não há incompatibilidade entre a mediunidade e o psiquismo. O que pode ser incompatível é a comunicação entre seres distintos, por conta das afinidades e de condições vibratórias inadequadas. Um espírito desencarnado poderá se comunicar com determinado médium encarnado por conta de ambos terem aparelhos psíquicos capazes para tal.
A comunicação poderá não se dar por estarem em distintas vibrações, mesmo tendo aparelhos psíquicos que lhes permitiriam isso. O estado psíquico e não o aparelho psíquico é que determinará a possibilidade da comunicação. O estado psíquico é resultante das condições íntimas do Espírito e de seu nível de evolução.

Questão 9
Como entender a questão do animismo e ter a convicção de que em uma mensagem recebida tem de fato o conteúdo do espírito desencarnado?

Resposta: O animismo está sempre presente no fenômeno mediúnico de efeitos inteligentes. O processo de exteriorização conta sempre com conteúdos psíquicos do médium. Impossível a não utilização da mente do médium na comunicação. Os conteúdos dos espíritos desencarnados são formatados no aparelho psíquico do médium, apresentando construções típicas dele. O ineditismo da mensagem, a precisão de informações confirmáveis por quem conhecia o encarnado, a linguagem
característica do espírito comunicante quando encarnado, o tipo de interesse do médium, além dos objetivos da mensagem, podem dar pistas a quem queira comprovações. As mensagens de elevado teor moral não servem de comprovação para tal, pois tanto podem ser provenientes do encarnado quanto de desencarnados.
Melhor sempre, em casos que se deseje comprovação, duvidar.
 
Questão 10
O inconsciente, que o padre Quevedo prega, tem o poder que ele prega de captar tudo 200 anos no passado e no futuro, e com isso negar a mediunidade?

Resposta: As teorias sobre o inconsciente não negam a mediunidade. Não se pode, por outro lado, tudo creditar a influência os espíritos. A mente humana é pouco conhecida e só percebida pelos seus efeitos. Não se pode também desprezar as comunicações telepáticas ou que ocorrem na mesma freqüência vibratória. Acresce ainda a possibilidade de que, os conteúdos de comunicações ditas mediúnicas, serem trazidas pelo próprio indivíduo que a viveu no passado e, hoje, é o próprio médium que assim acredita sê-lo. Isso não invalida a existência da  mediunidade e da imortalidade do espírito. Dá-se excessivo valor a quem nega a mediunidade, em detrimento dos estudos que afirmam o contrário. As teorias psicológicas a respeito do inconsciente são muito robustas e não se preocupam em negar a mediunidade, mas em afirmar como funciona o aparelho psíquico.

 Questão 11
Por que, para a maioria das pessoas, é tão difícil (e mesmo impossível) colocar em prática na existência terrena aquilo que foi programado por ela mesma no plano espiritual? Conheço médiuns que estão fracassando e mesmo recusando-se a cumprir a sua tarefa mediúnica - semelhante ao narrado por André Luiz no livro de sua autoria "Os Mensageiros" psicografado por Chico Xavier. Essas pessoas estão sendo avisadas pela espiritualidade, têm consciência de que estão agindo contra a sua programação e, mesmo assim, persistem no erro. Um desses médiuns que conheço é médico, tem PhD, criado em uma família espírita e sofre de Transtorno de Personalidade Narcisista em grau bem elevado. Ele tem plena consciência do que ocorre com ele, bem como das conseqüências presentes e futuras de suas ações. Recusa-se terminantemente a se tratar e gosta da vida fútil, mesquinha, superficial, mentirosa, imoral, pervertida e devassa - cheia de ódio e inveja - que leva. Como ficará (provavelmente) a situação dessa criatura após o desencarne, se o fim inexorável do narcisista é a auto destruição? O que ainda pode ser feito aqui no plano terreno por ela?

Resposta: O planejamento reencarnatório é um eficiente instrumento de auxílio ao espírito em sua jornada evolutiva. Serve-lhe de baliza e de lembrança de um planejamento que lhe poderá ser útil, cuja obediência aumentará suas chances para o sucesso que pretende alcançar. O planejamento não deve se visto como um determinismo. É uma possibilidade, isto é, uma estratégia dentre muitas. O livre arbítrio é soberano ao espírito. Cumprir ou não cumprir responsabilidades implica em escolhas, cujas conseqüências resultantes deverão ser analisadas de forma ponderada. A consciência do indivíduo não estará sujeita uma instância de julgamento que o culpe pelas escolhas diferentes da que se planejou. Ele próprio é seu juiz, de acordo com as leis de Deus. A pessoa citada, cujas escolhas parecem equivocadas, poderá ter um destino promissor, dependendo do significado que atribui ao que faz hoje. Os atos externos podem não espelhar a realidade do ser que assim age. Cito o exemplo de Buda e Francisco de Assis, cujas atitudes antes das conversões, da mesma forma que Paulo de Tarso, eram condenáveis sob todos os aspectos. Talvez o narcisismo dele necessite ser esgotado, para que tenha uma melhor visão do ser espiritual que ele próprio é.
Devemos buscar ter um olhar amoroso sobre o mal do outro. O melhor a fazer por essa pessoa é amá-la, escutá-la e oferecer a nossa paciência.

 Questão 12
Possuo problemas para me comunicar. Às vezes, converso normalmente com as pessoas. Mas, outras vezes parece que meus pensamentos fogem e não sinto vontade de falar com ninguém. Sinto-me muito mal por causa disso. Já estive pensando que pode ser da minha criação, pois não há diálogo na minha casa.
Sinto-me fraca. Por que está acontecendo isso, você tem uma sugestão para o meu problema? Já pensei em fazer regressão. Tenho 16 anos, nasci dia 30 de Outubro.

Resposta: A adolescência é uma fase que se caracteriza por mudanças nas várias dimensões da vida. É também durante essa fase que o processo reencarnatório se consolida. O espírito reencarnante assume de vez sua nova personalidade. Agora, em novo ambiente, enfrentará os desafios naturais da jornada que iniciou. Terá dúvidas, medos e indecisões, mas terá capacidades que desconhece, a fim de fazer face aos novos desafios. Parece-me que o que se passa com você se assemelha à timidez dos indecisos e inseguros. Não creio que isso se deva apenas à sua criação. Você também é responsável por essa forma de ser. Reaja e perca o medo de enfrentar aquilo que você desconhece ou teme. Saia do casulo e enfrente as críticas externas. Não creio que haja necessidade de fazer regressão de memória. Na sua idade é preciso olhar para o presente e para o futuro. Não queira olhar para o passado.

 Questão 13
Em termos práticos, o que acontece à psique humana quando da eclosão da mediunidade? Como deve o ser se dirigir para distinguir positivamente as impressões causadas pelos irmãos desencarnados?

Resposta: Quando a mediunidade se torna mais ostensiva e seus sintomas assumem a consciência, pois o inconsciente se abre de forma mais intensa. A psiquê inconsciente parece cooptar a consciente. O indivíduo se torna mais suscetível às influências diretas do próprio inconsciente. Há uma espécie de alquimia entre os conteúdos conscientes e os inconscientes, promovendo certa confusão mental. O estado de perturbação é compreensível, merecendo atenção do encarnado. Excetuando-se os casos patológicos e quando a eclosão se dá pela ação obsessiva de desencarnados, costuma provocar uma certa excitação agradável. Parece ao encarnado que ele está possuído por uma força interior que o anima e o estimula com idéias diferentes e inusitadas. A distinção entre os pensamentos e idéias próprias daquelas oriundas de outras mentes, dá-se na medida em que a pessoa se conhece e percebe a ocorrência. São idéias intrusivas, inusitadas e, por vezes, anacrônicas, que surgem como um relâmpago em sua consciência. Inicialmente a distinção é difícil, mas, com a freqüência da ocorrência e a atenção voltada para o fenômeno, torna-se mais fácil. O estudo da mediunidade será de extrema importância e utilidade para que a distinção possa ser feita.

 Questão 14 
Até que ponto, um médium tido como equilibrado, interfere em uma comunicação?
No caso específico o médium tinha consciência dos fatos, conhecia o espírito comunicante quando vivo. Ocorre que o médium "ficou" inconsciente durante o comunicado. Daí a dúvida quanto ao direcionamento que a mente pode ou não conduzir. Teria a espiritualidade o total domínio da situação para que o comunicado fosse o mais fiel possível?

Resposta: A interferência na comunicação mediúnica pode ocorrer pela intenção do médium ou não. Quando há intenção do médium chamamos de fraude. Quando não há intenção do médium, chamamos de animismo. Esta última modalidade é parte integrante do fenômeno mediúnico. Então não o médium que deseja interferir, mas seu inconsciente é acionado para produção dos conteúdos de suas comunicações.
Essa interferência se apresenta sobre distintos graus e matizes, desde a simples interferência na formulação das idéias até na construção de fatos pertencentes ao seu próprio inconsciente. Isso não invalida a existência do fenômeno mediúnico, apenas o torna menos autêntico. Quando se diz que o médium está inconsciente durante a produção do fenômeno, não quer dizer que seu inconsciente dele não participe. A inconsciência é do ego e não há bloqueio dos conteúdos inconscientes. O fato do médium ter conhecido o espírito comunicante facilita a produção de idéias e fatos. Isso interfere na autenticidade da comunicação. Seria melhor que o espírito comunicante, nesses casos, apresentasse informações de total desconhecimento do médium para melhor autenticar sua mensagem. A “espiritualidade” não possui esse domínio, tendo em vista a intimidade do fenômeno e o livre arbítrio dos envolvidos.

 Questão15 
O que fazer quando a mediunidade eclode em nosso ser, e temos necessidade de compartilhar com algum médium mais experiente nossas impressões a respeito? E quando não há este médium, esta pessoa a qual possamos trocar tais impressões, em nossa Casa Espírita, por "N" motivos?

Resposta: É salutar o compartilhamento de impressões mediúnicas, mesmo
considerando que o fenômeno ocorre de forma singular para cada pessoa. O estudo em grupo, mesmo entre iniciantes favorecerá a compreensão do que se passa com cada um. O melhor a fazer, nos casos em que não haja alguém mais experiente e, mesmo nessa condição, é estudar com determinação as obras de Allan Kardec, sobretudo O Livro dos Médiuns. A orientação vinda de uma única pessoa na Casa Espírita, embora possa ser salutar, enviesará o conhecimento do grupo. Todos devem estudar e buscar a universalidade do ensino, aprendendo de fontes distintas a respeito da mediunidade.

 Questão 16
O equilíbrio humano está diretamente ligado a seu conceito de felicidade e esta percepção de valor de felicidade é um atributo puramente individual.
Considerando que em nosso estágio evolutivo, é praticamente impossível se alcançar o estado de felicidade absoluta e o sofrimento meio imprescindível de crescimento, não seria um fator de desequilíbrio a constatação de que o ser humano só é capaz de usufruir de estados de felicidade relativa?

Resposta: A felicidade é um conceito abstrato que atrai todos em sua direção. Ela pertence às instâncias superiores da psiquê que apontam para o divino. O Espírito a almeja de forma singular, de acordo com suas experiências e com o meio em que se situa. A felicidade não é um fim em si, mas um estado, portanto alcançável a todos. Não é factível que se alcance a felicidade absoluta, pois esta última é uma espécie de sofisma. Nada é absoluto a não ser Deus, portanto não há felicidade absoluta. A afirmação de que o sofrimento é o “meio imprescindível de crescimento” é um grande equívoco indutor de atraso espiritual e fomentador de culpa. Não é o sofrimento que eleva o espírito, mas o sacrifício (sacrifício = sacro ofício = trabalho). O sofrimento pode trazer revolta e paralisia ao espírito. Não há felicidade absoluta, portanto toda felicidade é relativa. Ou melhor, toda felicidade é felicidade. A felicidade deve ser buscada como estado e não como fim. Os meios devem também proporcionar crescimento ao espírito, não agredindo a ninguém, nem escravizando a alma.
Pequenas conquistas materiais, com administração competente do que se tem, proporcionarão felicidade ao indivíduo, não merecendo condenação. Outras conquistas morais também trarão idêntico estado de felicidade quando não induzem o indivíduo ao isolamento de seus semelhantes.

 
Questão 17
Como neutralizar o animismo nas comunicações mediúnicas recebidas? Mesmo sendo médium psicógrafo ou psicofônico, estamos envolvidos em fluidos deletérios, por estarmos inseridos em um mundo de provas e expiações, sabendo que o estudo e o trabalho na seara espírita ajuda e muito nesta neutralização, dias há que estamos sobrecarregados com os problemas corriqueiros, pessoais, etc. Como fazer para que as manifestações de nosso espírito, não comprometa as comunicações?
Resposta: Muito embora o animismo faça parte das comunicações mediúnicas, sua incidência pode ser minorada na medida em que o médium se dedique ao estudo da mediunidade, ao processo de autoconhecimento e à disciplina em seu exercício mediúnico. Por outro lado, seria importante que os médiuns fomentassem nas casas espíritas em que laboram, a instalação de grupos de ajuda mútua, conduzido por pessoas experientes, com o intuito de tratar de questões suas, na tentativa de reduzir influências de seus problemas pessoais sobre o trabalho mediúnico. O trabalhador espírita não pode prescindir de solucionar seus conflitos íntimos para que eles não interfiram em sua produção mediúnica. Não é apenas o exercício mediúnico que eleva a criatura, mas sua apropriação e internalização pelo médium.

Questão 18
Qual o tipo de mediunidade de Joanna D´arc?

Resposta: Joanna D`Arc revelava ser portadora, principalmente, da mediunidade de audiência, pois, ao que me consta, ouvia vozes que lhe revelavam informações sobre o destino da França. Geralmente a mediunidade não vem resumida a um único tipo. Frequentemente, o médium, quando resolve dedicar-se ao exercício da mediunidade vai descobrindo ser portador de outras possibilidades de transmissão do que vem do mundo espiritual. A mediunidade é uma faculdade perispiritual que apresenta um variado espectro de possibilidades que vão se apresentando na medida em que é exercitada.

Questão 19
Até que ponto os registros do passado no psiquismo humano influenciam em nossas atitudes sem que possamos tomar conhecimento, cometendo erros?

Resposta: As experiências pregressas, gravadas no perispírito, interferem subliminarmente nas emoções, pensamentos e atos humanos. Os erros cometidos interferem tanto quanto os acertos. Não são os erros do passado que provocam novos erros. Novos erros são cometidos por conta da ignorância em que ainda nos encontramos. A educação na presente encarnação, os exemplos percebidos, o trabalho em favor do bem pessoal e coletivo, a busca pelo aprimoramento e crescimento pessoal, são fatores que contribuem para que não cometamos mais erros. Todo passado humano é revestido de ignorância e esta não deve conduzir à culpa. Devemos ressignificar( termo usado em psicanálise) aquilo que temos consciência que fizemos de errado, perdoando-nos e não fazendo mais.

Questão 20
O inconsciente coletivo de Jung soluciona todos os enigmas da mediunidade, como querem os materialistas ou adversários do Espiritismo?

Resposta: O Inconsciente Coletivo é uma instância psíquica que contém os vetores do comportamento humano, que ensejam tendências comuns. Jung coloca que o inconsciente coletivo contém os arquétipos, que são estruturas psíquicas determinantes do comportamento humano. Não soluciona nenhum enigma, nem é um reservatório que tudo explica. Quem assim pensa ou fala não conhece a Psicologia Analítica de Jung. A mediunidade é uma faculdade pouco conhecida e pouco estuda no espiritismo. Muito se fala, mas pouco se pesquisa. Muitas mensagens e escritos sobre a mediunidade são quase que transcrições dos clássicos livros de Allan Kardec. É preciso avançar mais sobre a mediunidade.
Não se deve preocupar com os detratores do espiritismo. Eles vão e voltam.
Alimentam-se da nossa ignorância quanto ao que condenam. A Psicologia é a ciência do comportamento humano, cujo objeto de estudo é muito bem definido.
Ela não se ocupa em estudar a mediunidade. Esta é objeto de estudo do espiritismo. Ao invés de responder aos detratores cuidemos de investigar a mediunidade como a faculdade mais nobre do ser humano.

Questão 21
A telepatia se dá em quais níveis? Inconsciente ou consciente? Ou os dois? O telepata "pega" informações do inconsciente?

Resposta: A consciência da ocorrência de um fenômeno é algo relativo.
Consciência, enquanto instância psíquica, contém aquilo que o ego coloca luz. Inconsciente, outra instância psíquica, possui conteúdos que não tem energia suficiente para assumir a consciência. A comunicação entre mentes se dá em níveis não conscientes, pois se dá de perispírito a perispírito. Quando duas mentes vibram na mesma freqüência é possível a passagem de conteúdos entre elas. A telepatia ocorre, por esse motivo, no nível inconsciente.

Questão 22
O Super-esp, uma mistura de telepatia, clarividência e precognição, que cientistas americanos acreditam, respondem realmente todos os fenômenos mediúnicos, como meros fenômenos materiais?

Resposta: As pesquisas de Joseph B. Rhine em torno da Percepção Extra Sensorial (ESP) revelaram que a mente humana, através do cérebro, é capaz de absorver informações fora do domínio da consciência, portanto do tempo e do espaço. As pesquisas não avançaram para o terreno da mediunidade, permanecendo nas capacidades psíquicas anímicas. Através da mente, pode-se, de acordo com as pesquisas de Rhine, apreender informações rudimentares sobre eventos passados e futuros. Tais pesquisas não respondem tudo e nada descortinou a respeito da mediunidade. Não se pode explicar pelas vias sensoriais o que é do domínio do espírito.

Questão 23
Há alguma relação entre epífise, psiquê e mediunidade? Quais?

Resposta: A epífise é uma pequena estrutura cerebral, cujas funções são pouco conhecidas da medicina. Recentes descobertas estão associando-a a funções de natureza psíquica. Afirma-se que a comunicação entre o cérebro e a mente, enquanto função do perispírito, se dá através da epífise ou pineal. Já a mediunidade é a faculdade que permite seres de dimensões distintas se comunicarem através do perispírito. Epífise é uma estrutura cerebral, pouco conhecida em suas funções; psiquê é uma estrutura perispiritual de que se serve o Espírito para atuar no mundo material e espiritual; e mediunidade é a faculdade que permite ao espírito comunicar-se com seres de outras dimensões existenciais.





























Questão 24
Léon Denis, no livro "Cristianismo e Espiritismo", página 186, diz: "(...) o inconsciente não é mais que uma forma da memória, um despertar em nós de lembranças, de faculdades, de capacidades adormecidas.". Com isso, inconsciente não tem nada com a precognição ou ele não pode também dar uma qualidade para um semi-analfabeto escrever como Castro Alves, como os parapsicólogos acreditam?
Este pensamento está correto?

Resposta: Leon Denis, no trecho acima escrito, cita afirmação de Charles Richet, provavelmente feita no final do século XIX ou início do XX. A essa época pouco se sabia a respeito do inconsciente, enquanto instância psíquica.
Quem não entendia de espiritismo, creditava tudo ao inconsciente, o qual também não era suficientemente conhecido. As teorias sobre o inconsciente, principalmente a de C. G. Jung não visam atingir a mediunidade ou a precognição. As teorias a respeito do inconsciente não se contrapõem ao espiritismo. A precognição é explicável pelas potencialidades atribuídas à psiquê, isto é, ao Aparelho Psíquico como um todo. Um semi-analfabeto pode escrever tão bem ou melhor que Castro Alves e isso poderá ter explicação no inconsciente perispiritual, isto é, ele poderá ter aquela competência em experiências de vidas passadas, adquiridas nas várias encarnações e gravadas no
inconsciente. O mesmo resultado poderá ser obtido de forma mediúnica, caso a competência do próprio Castro Alves, em espírito, poderá vir a ser utilizada através de um médium. Embora não tenha sido semi-analfabeto, Chico Xavier psicografou divinamente Castro Alves. O inconsciente não é explicação para os fenômenos, muito embora dele participe, nem é tampouco apenas uma forma de memória de experiências pregressas. É também uma instância da personalidade humana.

Questão 25
Qual é a visão espírita da "síndrome de Jerusalém", aquela em que pessoas ao chegarem nesta cidade passam a pensar que são o messias ou um dos profetas?
Obsessão coletiva? Formas-pensamentos? Mediunidade distorcida? Ou apenas doença mental?

Resposta: Não conhecia tal síndrome. Quando pessoas se identificam com
personagens do passado, sem realmente serem suas encarnações, ocorre um processo de “assunção da persona”. A persona é um arquétipo que possibilita a psiquê se moldar a um tipo de apresentação no mundo. As pessoas pensam ter sido aquele determinado personagem se condicionam pelo local, pelo motivo pelo qual ali estão e pela fé. Entram numa espécie de transe não mediúnico. Não se trata portanto de obsessão espiritual nem doença mental, mas de um fenômeno anímico.
Não se pode descartar, em certos casos, a possibilidade de obsessão por fascinação quando outros sintomas estiverem presentes.

Questão 26
A depressão e a loucura podem estar ligadas a uma mediunidade que não é trabalhada ou cuidada? Como distinguir se é um processo mediúnico ou psíquico?

Resposta: A depressão e a loucura não podem ser colocadas como se fossem a mesma coisa. Depressão é falta de vontade de enfrentar a própria vida. Loucura é um termo genérico, em desuso, para classificar portadores de doença mental grave. A depressão não guarda relação direta com mediunidade. Certos transtornos psíquicos, principalmente as psicoses, guardam estreita relação com a mediunidade pela ocorrência da obsessão. A mediunidade não é causa de afecções psíquicas, mas pode ser um meio pelo qual a obsessão poderá ocorrer.
Os processos mediúnicos estão intimamente ligados aos psíquicos, pois a mediunidade ocorre através do aparelho psíquico humano. Quando a mediunidade não é devidamente educada pela pessoa, poderá lhe trazer problemas psicológicos por causa da ignorância de seu portador.

Questão 27
Qual a relação entre sonhos, mediunidade e psiquê humana?

Resposta: Os sonhos ocorrem quando o ego se encontra ausente, isto é, num estado de consciência adormecida. Eles vêm do inconsciente. Tratam de processos daquele que deles se lembra. Todas as pessoas sonham, porém nem sempre lembram de seus sonhos. Muitas vezes eles refletem ocorrências do espírito durante o sono, outras são resultantes de processos psicológicos inconscientes. Os sonhos ocorrem graças a um mecanismo automático da psiquê que tenta compensar as tensões entre a consciência e o inconsciente. A mediunidade é uma faculdade perispiritual que permite a comunicação entre espíritos que se encontram em dimensões diferentes. Sonhar constantemente com mortos é um tipo de mediunidade.

Questão 28
Muito se tem falado ultimamente nas casas espíritas do interior do estado de SP sobre o desdobramento perispiritual através das técnicas da Apometria e a possibilidade do tratamento psíquico. Teria muito animismo nessa abordagem?
Como o Sr. entende essa questão?


Resposta: Animismo ou não a apometria traz benefícios para quem a ela se submete. Ela é utilizada no tratamento das obsessões, utilizando-se do desdobramento espiritual. É mais uma das formas de se tratar a obsessão. A técnica deve ser melhor estudada e aplicada nas casas espíritas. Devemos entender que a apometria não se sobrepõe a outras técnicas. O mais importante é o objetivo da cura.

Questão 29
No caso de obsessão, qual e influência dos remédios alopáticos na cura do paciente?

Resposta: Remédios para tratamento de afecções psíquicas de causas psicogênicas ou de causas espirituais, não curam. Em muitos causos os remédios alopáticos são imprescindíveis, dependendo do estado geral do paciente. Nos casos das psicoses, esquizofrenias e ansiedade, eles são indispensáveis. Sempre que o sofrimento do paciente possa ser aliviado pela medicação, ela deve ser prescrita. Nos casos de tendências suicidas eles funcionam como redutores da excitação para aquela ação. Nas obsessões por fascinação e subjugação os remédios alopáticos são importantes para permitir o tratamento psicológico e espiritual do paciente. Eles não devem ser combatidos, pois são prescritos
visando o alívio e não a cura. Processos obsessivos não se curam com medicação, mas com transformação do encarnado e do desencarnado.

Questão 30
Como vermos a questão da afinidade e sintonia mediúnica na visão psicológica? O médium e o espírito comunicante devem possuir os mesmos sentimentos e emoções para dar certo?

Resposta: Os mesmos sentimentos e as mesmas emoções são extremamente difíceis.
A mediunidade requer sintonia entre mentes que se encontram em dimensões diferentes. Esta sintonia significa idêntica freqüência vibratória, portanto está relacionado a fluidos. Um espírito poderá se comunicar através de um médium cujas emoções estejam em descompasso com as dele. A ocorrência da mediunidade está relacionada com o perispírito e não com o estado psíquico do indivíduo. O estado psíquico interferirá na qualidade da produção mediúnica.

Questão 31
Gostaria de saber se os sonhos têm alguma relação com a mediunidade.

Resposta: Os sonhos com mortos estão relacionados com mediunidade. Eles apresentam, de forma simbólica, um recorte da psiquê, visando compensar tensões inconscientes. Mesmo quando refletem as ocupações do espírito durante o sono, apresentam aspectos simbólicos. A mediunidade é uma faculdade perispiritual que permite a conexão entre mentes que se encontram em dimensões distintas.

Questão 32
Dos livros de Ramatis, há muita influência do médium? Como saber se Ramatis é uma criação do médium ou se o espírito é quem diz ser? Há algum estudo sobre isso?

Resposta: Não conheço estudos sobre Ramatis. Em todas as comunicações
mediúnicas há influências da mente do médium. Tais influências nem sempre decorrem da intenção do médium, pois o espírito, à sua revelia, utilizará de conteúdos anímicos para a produção intelectual que pretende. O fenômeno anímico anda lado a lado com o mediúnico de efeitos intelectuais..

Questão 33
Gostaríamos de saber o que é psiquismo, considerando-se os postulados e ensinamentos da revelação espírita. Existe diferença entre psiquismo e mente?

Resposta: Psiquismo, mente e psiquê são a mesma coisa. São distintos nomes para o aparelho psíquico, órgão funcional do perispírito para as diversas funções do Espírito. O psiquismo é um veículo de manifestação do espírita, que se presta a aquisição dos paradigmas das leis de Deus. Através do psiquismo, que evolui com o Espírito, ele vive as experiências na carne a fora dela.

..espero que tenham gostado tanto quanto eu gostei de ler essa informação/